Dezenas de aves e animais são resultados de apreensões policiais, vítimas de atropelamentos, queimadas e caçadores ou ainda vindos de pessoas que criam os animais e depois resolvem abandoná-los 

Policiais do 2º Pelotão de Polícia Militar Ambiental de Botucatu participaram do ciclo de palestras com órgãos públicos, professores e alunos da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), da Unesp, câmpus de Botucatu.

Na ocasião foram debatidos assuntos sobre a fauna e flora de Botucatu e região, ressaltando a importância da defesa, em especial, do tamanduá na região de Botucatu. Não são raros casos em que esta espécie de animal sofra atropelamento ao cruzar estradas municipais e estaduais.

Além do tamanduá outras espécies de animais silvestres são feridos ou mortos, face ao desenvolvimento das monoculturas, o avanço das construções urbanas nas áreas verdes e o aumento das malhas viárias que diminuem os habitats naturais e que acabam invadindo a zona urbana.

Os animais silvestres feridos são encaminhados ao Centro de Medicina e Estudos em Animais Selvagens (Cempas) para serem cuidados. Os recuperados e em boas condições de saúde são reintroduzidos à natureza.

No Cempas estão recolhidos dezenas de aves e animais resultado de apreensões policiais, vítimas de atropelamentos em estradas, queimadas e caçadores ou ainda vindos de pessoas que criam os animais e depois resolvem abandoná-los. 

Área de comando da Ambiental

O 2º Pelotão de Polícia Ambiental de Botucatu agrega 26 municípios da região, com população estimada em 500 mil habitantes.  Estão dentro da área de comando da Ambiental de Botucatu as três maiores represas do Estado de São Paulo: Barra Bonita, Chavantes e Jurumirim.

Além disso, o território de Botucatu alcança 15 mil quilômetros quadrados de área terrestre, 1.000 quilômetros quadrados de rios e 1.500 quilômetros quadrados de represas, atendendo várias denúncias de crimes contra a natureza por dia.

A sede da Ambiental está instalada às margens do km 248+400 metros da SP-300 Rodovia Marechal Rondon, ao lado do antigo prédio do Departamento de Estrada de Rodagem (DER), num espaço de três mil metros quadrados, sendo 500 de área construída.