Período da piracema que restringe a pesca para reprodução dos peixes se encerra nesta quinta-feira
26/02/2024
Período da piracema que restringe a pesca para reprodução dos peixes se encerra nesta quinta-feira

Durante este período os peixes fazem sua grande jornada para vencer obstáculos naturais, entre eles as corredeiras, cachoeiras e barragens

 

Nesta quinta-feira, dia 29, será encerrada, oficialmente, o período da piracema, época de reprodução dos peixes que se deslocam até suas nascentes para desovar. A pesca está proibida desde novembro.

A piracema acontece quando cardumes de peixes nativos buscam as áreas de cabeceira dos rios, nadando contra a correnteza para a desova e reprodução.  A duração deste percurso depende da espécie.

O período de subida das águas dos rios é crucial para os peixes, já que o esforço de nadar contra a corrente garante o processo de reprodução das espécies. Eles queimam gordura, o que estimula a produção dos hormônios responsáveis pelo amadurecimento dos órgãos sexuais.

Para preservar e perpetuar as espécies, nas temporadas de piracema há restrições quanto à pesca. Os peixes, durante sua grande jornada migratória - que começa nos chamados lares de alimentação, onde eles têm comida suficiente para sobreviver na maior parte do ano - têm que vencer obstáculos naturais, entre eles as corredeiras, as cachoeiras e barragens.

No entanto, ainda existem outros obstáculos, como o perigo da pesca predatória, feita clandestinamente. São pescadores sem preocupação com o futuro dos peixes e com a sustentabilidade. Além disso, pessoas que, por desinformação e falta de conscientização, insistem em usar armadilhas, tarrafas, redes, puçás e tantos outros artifícios para praticar a pesca de forma indevida.

 

Fiscalização

A Polícia Militar Ambiental é a responsável pela condução da chamada “Operação Piracema”, mobilização que garante a fiscalização das práticas de pesca no estado com policiamento ostensivo durante toda a temporada.

A fiscalização é realizada por meio de atividades de patrulhamento náutico em áreas navegáveis. Há, ainda, ações em vias terrestres para coibir e autuar possíveis responsáveis pela prática da pesca amadora ou profissional em locais proibidos.

Quem for alvo da fiscalização e for pego pescando de maneira irregular pode ser preso em flagrante, sendo conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos. Muitas vezes, os pescadores respondem procedimento criminal e administrativo, com multa ambiental de, no mínimo, R$ 700,00. Sendo que a lei de crimes ambientais prevê penalidade de 1 a 3 anos de detenção.

 

Área de comando

A Polícia Ambiental de Botucatu agrega 26 municípios da região, com população estimada em 500 mil habitantes.  Estão dentro da área de comando da Ambiental de Botucatu as três maiores represas do Estado de São Paulo: Barra Bonita, Chavantes e Jurumirim.

Além disso, o território de Botucatu alcança 15 mil quilômetros quadrados de área terrestre, 1.000 quilômetros quadrados de rios e 1.500 quilômetros quadrados de represas, atendendo várias denúncias de crimes contra a natureza por dia.

A sede está instalada às margens do km 248+400 metros da SP-300 Rodovia Marechal Rondon, ao lado do antigo prédio do Departamento de Estrada de Rodagem (DER), num espaço de três mil metros quadrados, sendo 500 de área construída.


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