Em meio à greve de funcionários, Fundação CASA participa de reunião buscando consenso
15/12/2020
Em meio à greve de funcionários, Fundação CASA participa de reunião buscando consenso

Os trabalhadores estão descontentes com um aumento no valor do plano de saúde e que um novo reajuste já teria sido anunciado para janeiro de 2021, reclamações em relação à escala dos agentes, além de mais segurança no trabalho

 

O Núcleo de Conciliação de Conflitos Coletivos, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), promoveu nesta terça-feira (15) uma reunião de conciliação entre a Fundação CASA e o Sindicato dos Trabalhadores nas Fundações Públicas de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Privação de Liberdade do Estado de São Paulo (Sitsesp). A Fundação tem 134 unidades espalhadas pelo Estado de São Paulo, entre elas a de Botucatu,

Durante a reunião, o desembargador Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira apresentou uma sugestão para o Sitsesp suspender a greve para continuar com a negociação entre a Fundação CASA e o Sindicato. O Sitsesp vai levar as informações aos servidores que aderiram à greve.

O objetivo do encontro foi o de alcançar uma composição entre a Fundação CASA e o Sindicato dos trabalhadores.  A Fundação CASA, desde março de 2020, vem dialogando com o Sitsesp e já apresentou várias propostas de cláusulas sociais para os servidores, nas 8 reuniões que aconteceram no decorrer deste ano.  

 

Propostas da Fundação

1.   Adequação do horário de trabalho dos enfermeiros e auxiliares de enfermagem, para a jornada de trabalho entre às 7h da manhã às 20h; 

2.   Negociação com outras instituições financeiras para o crédito consignado; 

 3.   Diálogo com o Sesc para que os servidores possam voltar a frequentá-lo, importante parceria para momentos de lazer, pleito reivindicado há anos; 

 4.   Os servidores não vão se submeter aos escâneres corporais; 

 5.   Disponibilização da cédula de identidade funcional;  

 6.   Curso preparatório para a aposentadoria. 

 

Relembrando o movimento

Os funcionários reivindicam mais segurança no trabalho e acesso à saúde, além do dissídio salarial. Os trabalhadores estão descontentes com um aumento no valor do plano de saúde e que um novo reajuste já teria sido anunciado para janeiro de 2021, além de reclamações em relação à escala dos agentes.

O sindicato informou que o trabalho dos funcionários é considerado um serviço essencial e, por isso, apenas 20% dos servidores estão paralisados. Segundo o Sitsesp, por conta do horário de trabalho reduzido no turno da noite e o afastamento de funcionários que fazem parte do grupo de risco da Covid-19, a segurança nas unidades está falha.

 “Nós temos muitas situações de violência no dia a dia. Já tivemos três assassinatos de servidores no estado e as agressões são frequentes. É muito difícil, pois não temos nenhuma assistência ou suporte”, disse o diretor de negociação do sindicato, frisando que o aumento no valor do plano de saúde fornecido subiu desproporcionalmente. “A situação financeira de todos está complicada, poucos estão conseguindo arcar com esses gastos”, explicou.


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