Em sua explanação, André Spadaro aponta que não existe o menor risco de aplicação de doses fora do prazo de validade no estudo clínico que está em andamento em nosso Município

O secretário municipal de Saúde de Botucatu se manifestou sobre uma reportagem do publicada nesta sexta-feira (2) pelo jornal Folha de São Paulo que aponta que pelo menos 26 mil doses vencidas da vacina AstraZeneca foram aplicadas em diversos postos de saúde do país, o que compromete sua proteção contra a covid-19, o novo, coronavírus. Os dados, de acordo com o jornal, constam de registros oficiais do Ministério da Saúde e até o dia 19 de junho, os imunizantes com o prazo de validade expirado haviam sido utilizados em 1.532 municípios brasileiros.

Nessa reportagem Botucatu aparece com oito casos computados, com as vacinas aplicadas dia 13 de abril, sendo cinco na Unidade de Saúde Edmundo de Oliveira, Bairro da Boa Vista, com cinco casos (lote 4120z001); e Hospital da Unimed (lote 4120z004); Hospital das Clínicas da Unesp (lote 4120z004); e Unidade de Saúde da Vila dos Lavradores (lote 4120z004), com um caso cada.

Outras cidades próximas também foram citadas como: Sorocaba (66); Bauru (22); Jundiaí (24); Jaú (21); Salto 17; Boituva ( 12); São Manuel (7); Bofete (4); Cesário Lange (2); Laranjal Paulista (2); e Ourinhos (1).

                                                                            Nota do secretário de Saúde de Botucatu

“Hoje temos que dedicar espaço e tempo para esclarecer notícias que geram desinformação á população de Botucatu e todo País. Quero informar que não há motivos de preocupação em relação a notícia de suposta aplicação de doses de vacina contra a covid-19 com lotes fora do prazo de validade.

A Secretaria de Saúde está verificando os supostos oito casos apontados pela matéria e até o momento constatou se tratar de situações de erro no momento de registro da dose no sistema. Ao avaliar a carteirinha de vacinação dos indivíduos já localizados pudemos constatar que a data e o lote corretos estão registrados na carteirinha dentro do prazo de validade e a correção do registro no sistema está sendo efetuado.

Se, eventualmente, encontramos algum caso que confirme uma aplicação inadequada, vamos informar os cidadãos e os familiares e divulgar aqui no boletim, além de administrar uma nova dose conforme recomendação do Ministério da Saúde.

Para que as informações sejam disseminadas, o lote de 80 mil doses utilizadas no estudo clínico não consta na referida matéria e tem validade até o mês de outubro de 2021. Portanto, não existe o menor risco de aplicação de doses fora do prazo de validade no estudo clínico que está em andamento em nosso Município”.

                                                                                            Nota da Fiocruz

“Em relação à informação de que doses da vacina AstraZeneca teriam sido aplicadas fora da validade, a Fiocruz esclarece que os referidos lotes não foram produzidos pela instituição. Parte dos lotes (com numeração inicial 4120Z) é referente aos quantitativos importados prontos do Instituto Serum, da Índia, chamada de Covishield, e entregues pela Fiocruz ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde (MS) em janeiro e fevereiro deste ano. Os demais lotes apontados foram fornecidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS).

Todas as doses das vacinas importadas da Índia (Covishield) foram entregues pela Fiocruz em janeiro e fevereiro dentro do prazo de validade e em concordância com o MS, de modo a viabilizar a antecipação da implementação do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19, diante da situação de pandemia. A Fiocruz está apoiando o PNI na busca de informações junto ao fabricante, na Índia, para subsidiar as orientações a serem dadas pelo Programa àqueles que tiverem tomado a vacina vencida”.