Alegando incertezas políticas e econômicas CAIO anuncia a demissão de 270 trabalhadores
21/09/2021
Alegando incertezas políticas e econômicas CAIO anuncia a demissão de 270 trabalhadores

Com a decisão da empresa, o Sindicato dos Metalúrgicos  buscou junto aos colaboradores aqueles que já desejavam a rescisão de contrato e estavam na iminência de pedir demissão

 

Sob o argumento de que a situação do mercado de ônibus não evoluiu como esperado, devido às incertezas políticas e econômicas, também agravadas pela pandemia e essa instabilidade impacta toda a cadeia produtiva, a Empresa CAIO, de Botucatu,  anunciou a demissão de 270 funcionários de diferentes áreas da empresa. A demissão em massa deve acontecer nas próximas horas. A empresa redigiu uma nota oficial explicando a decisão.

Comunicado das demissões, o Sindicato dos Metalúrgicos buscou junto aos trabalhadores os que já desejavam a rescisão de contrato e estavam na iminência de pedir demissão. “Assim, das 270 rescisões de contrato, cerca de 130 são de colaboradores que já desejavam sair”, colocou o presidente Cláudio Beiço, que também em nome do sindicato assinou uma nota oficial sobre as demissões.

 

                                                                        Nota oficial da CAIO

O Grupo CAIO vem divulgando durante este ano, em suas comunicações internas e para a comunidade, que a situação do mercado de ônibus não evoluiu como esperado, devido às incertezas políticas e econômicas, também agravadas pela pandemia. Essa instabilidade impacta toda a cadeia produtiva. Fatores externos que influenciaram: a maior parte das frotas de ônibus do país não está trabalhando com sua capacidade máxima; o número de passageiros diminuiu devido à pandemia (necessidade de distanciamento), muitas empresas adotaram o home office (trabalhar em casa), entre outros.

O Grupo CAIO analisou as melhores soluções a serem adotadas para reduzir o impacto dessa crise, mantendo a saúde das empresas e o máximo de empregos possível. Informamos que infelizmente foi necessário o desligamento de alguns colaboradores do Grupo para reduzir a defasagem entre a quantidade de pedidos e produtos programados para a produção. É necessário frisar que foram priorizados, o máximo possível, os aposentados e aqueles que gostariam de ser desligados por motivos pessoais.

O Grupo CAIO está em fase de definição de outras medidas para amenizar ainda mais este período de baixa produção, como Acordo Coletivo, lay-off (Lei 476A da CLT- Bolsa Qualificação) e férias. Os colaboradores, a imprensa e a comunidade serão informadas sobre novas decisões por meio dos canais oficiais de comunicação das empresas.

O Grupo CAIO, mais uma vez, ressalta que todas as decisões, presentes e futuras, têm como prioridade fazer o melhor para todos”.

 

                                                         Nota oficial do Sindicato dos Metalúrgicos

Terminou há pouco a reunião entre a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Botucatu e o Grupo CAIO. A empresa acenou com a demissão, entre hoje a amanhã, de quase 270 colaboradores, inclusive com a possibilidade de parcelamento dos haveres rescisórias. O Sindicato não poderia pactuar com tal decisão, o que foi refutado de imediato, e as rescisões serão pagas de uma única vez, observando a legislação trabalhista.

Ainda, o Sindicato buscou junto aos colaboradores aqueles que já desejavam a rescisão de contrato e estavam na iminência de pedir demissão. Assim, das 270 rescisões de contrato, cerca de 130 são de colaboradores que já desejavam sair. Assim, o Sindicato confirma as 270 rescisões e manifesta a sua solidariedade as famílias, que nesse duro momento de Pandemia, perderam o seu sustento.

O Sindicato vai continuar trabalhando dentro da legalidade e de suas possibilidades para que novas demissões não aconteçam e também para que ocorram novas contratações em um futuro próximo. Sempre deixamos aberta a porta do diálogo com a CAIO e com qualquer empresa metalúrgica de nossa cidade, buscando amenizar os trágicos efeitos econômicos da pandemia de covid-19 e também ofertamos e continuaremos a ofertar às empresas, possibilidades previstas dentro da lei trabalhista para que os postos de emprego sejam mantidos.  Assim, reafirmamos nosso compromisso com os metalúrgicos e esperamos que novas demissões não aconteçam.


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