Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Botucatu estão entre os mais influentes da América Latina
14/10/2021
Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Botucatu estão entre os mais influentes da América Latina

A organização independente mede, por meio da combinação de diferentes índices e bancos de dados, o desempenho de produção dos cientistas e o impacto de seus estudos nos respectivos campos de pesquisa

 

Vidal Haddad Junior e Hélio Amante Miot, docentes do Departamento de Dermatologia e Radioterapia da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB/UNESP), figuram na lista dos pesquisadores mais produtivos e influentes do Brasil, da América Latina (AL) e dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em 2021. É o que mostra o ranking da AD Scientific Index 2021, considerado o mais confiável levantamento para avaliação de produção científica no mundo.

A organização independente AD Scientific mede, por meio da combinação de diferentes índices e bancos de dados, o desempenho de produção dos cientistas e o impacto de seus estudos nos respectivos campos de pesquisa. As informações compiladas para o ranking refletem tanto a performance dos últimos cinco anos quanto a de toda a carreira.

São utilizados nove parâmetros e consideradas 12 grandes áreas do conhecimento (com 256 divisões). Para a mais recente edição do levantamento, foram coletados dados de 708.703 pesquisadores de 11.940 instituições localizadas em 195 países, que são agrupados em 11 regiões do planeta. A Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) aparece na 2ª posição entre 453 instituições de ensino superior latino-americanas com 572 pesquisadores ranqueados. A Universidade de São Paulo (USP) lidera a lista com 2.134.

O professor Vidal Haddad Júnior é apontado como o dermatologista mais influente do Brasil e da América Latina. O primeiro lugar no ranking indica o quanto seus trabalhos foram acessados e influenciam outros pesquisadores. Na sua opinião, trata-se de uma vitória da UNESP, em especial da Faculdade de Medicina, que oferece condições aos pesquisadores de produzir ciência em nível de excelência.

“Quando fazemos ciência, o fazemos por afinidade e necessidade das populações, não direcionando as publicações para segmentos ou pessoas. O fato de muitos colegas citarem e lerem o que publicamos é um sinal de acerto em toda uma carreira e motivação para o futuro. De qualquer maneira foi uma surpresa para mim, especialmente pela colocação no Brasil e na América Latina. Além disso, é importante para a FMB, para a UNESP e para a dermatologia brasileira que fatos assim aconteçam”, declara.

Na lista, o professor Hélio Miot aparece logo na sequência como o segundo da área de Dermatologia dentro da Unesp e o terceiro mais influente no Brasil e na América Latina. Ao falar sobre sua classificação no ranking, o docente ressalta que atua por vocação e convicção e não pensando em premiações, mas admite que um reconhecimento dessa natureza serve de incentivo e demonstra que o trabalho que desenvolve ao lado de colegas e um grupo grande de apoiadores, está no caminho certo.

“Surpresa boa, positiva, saber que exerço influência científica na minha área como dermatologista, entre os pesquisadores brasileiros e dentro da própria Unesp. Somos um grupo na Dermatologia que há muito tempo desenvolve pesquisa clínica, que visa a melhoria do conhecimento científico, assistência de saúde aos pacientes com doenças de pele. Isso ultrapassa nossos muros, as fronteiras da cidade, do estado e atinge o mundo todo. É uma grande responsabilidade porque a pesquisa que é feita aqui na Unesp, com pacientes do SUS, com residentes, nossos alunos e pós-graduandos, vai beneficiar a vida de gente pelo mundo afora”.

Miot destaca que o resultado alcançado deve ser dividido com colegas de Departamento e áreas como a graduação, pós-graduação, alunos de iniciação científica, alunos de residência, mestrado e doutorado. E valoriza o intercâmbio com pesquisadores de outras instituições e até mesmo de outros países. Segundo ele, em um país pobre como o Brasil, onde a pesquisa não recebe a valorização que merece, ganha ainda mais relevância figurar entre os cientistas mais influentes.

“Ninguém chega nesse patamar trancado dentro da sua sala. A capacidade de fazer networking, de interagir com outros grupos soma habilidades para se conseguir resultados mais sólidos. O COVID mostrou isso. Grande parte de nossos resultados saíram de estudos interinstitucionais. Isso mostra a pluralidade de nossa produção. Parte desse sucesso, dessa influência científica na dermatologia é porque fazemos ciência com repercussão social, aplicação direta. Nada contra ciência básica, mas quando se tem escassez de recursos é preciso priorizar muito bem as áreas de pesquisa”, afirma.

“Tenho muito a agradecer a todos que sempre me apoiam. Esse reconhecimento é da FMB que nos oferece condições para trilhar esse caminho, desenvolvendo pesquisa para melhoria da qualidade de vida da sociedade como um todo. Isso só renova nossas energias e serve de indicação de que estamos no caminho certo, demonstrando que aquilo que estamos fazendo está sendo relevante”, completa.

Por: Assessoria de Comunicação e Imprensa da FMB


CURTA NOSSO FACEBOOK

PREVISÃO DO TEMPO

© Tribuna de Botucatu todos os direitos reservados.