Botucatu terá ação de combate ao abuso e/ou exploração sexual de crianças e adolescentes
18/05/2023
Botucatu terá ação de combate ao abuso e/ou exploração sexual de crianças e adolescentes

Foto - Divulgação

O objetivo é sensibilizar a comunidade para denúncias que envolvem a violação de direitos de crianças e adolescentes, considerando, sobretudo, os prejuízos que trazem ao desenvolvimento dos mesmos

 

A Prefeitura de Botucatu, através da Secretaria de Assistência Social, em conjunto com o Conselho Tutelar e o Crami (Centro Regional de Registro e Atenção aos Maus Tratos na Infância), realizará neste sábado, 20, uma ação de conscientização alusiva ao combate ao abuso e/ou exploração sexual de crianças e adolescentes. Das 9 às 13 horas, os profissionais e adolescentes que integram os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos distribuirão panfletos informativos a população. O objetivo é sensibilizar a comunidade para denúncias que envolvem a violação de direitos de crianças e adolescentes, considerando, sobretudo, os prejuízos que trazem ao desenvolvimento dos mesmos.

 

                                      Priscilla Souza, psicóloga comportamental da UNESP, explana sobre o tema

Os órgãos públicos escolheram o mês de maio para abordar um tema de suma importância durante o ano inteiro: O combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes. O dia 18/05 foi o escolhido como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes a fim de mobilizar a sociedade sobre o tema cada vez mais necessário de ser discutido.

De acordo com o Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, a cada hora, três crianças são abusadas no Brasil. Cerca de 51% têm entre 1 e 5 anos de idade. Ao ano, 500 mil crianças e adolescentes são explorados sexualmente no Brasil. Embora o número já seja alarmante, há dados que sugerem que somente 7,5% dos casos chegam a ser denunciados às autoridades, ou seja, esses números podem ser ainda maiores.

A falta de denúncias muitas vezes parte da omissão das vítimas. Entendo que esse silêncio faz parte de um sentimento interno de culpa e descredibilização entre as vítimas e que devemos nos atentar a isso. Além disso, outro fator que contribui para a criação desse estigma é a falta de debate com as crianças sobre o tema.

Falar sobre sexualidade com crianças é sempre delicado, mas necessário à medida que a criança vai se desenvolvendo. Permitir que ela conheça seu corpo e imponha seus próprios limites a ele e sobre quem pode tocá-lo, até mesmo dentro da família, pode contribuir para que elas mesmas se protejam de situações abusivas.

A educação sobre o tema deve atingir também os pais e responsáveis, para que os tabus acerca do tema sejam desconstruídos e haja cada vez mais diálogo dentro de casa sobre o tema. 

 

Guilherme Teixeira

Mengucci Imprensa e Mídia


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