Trabalho com participação da Unesp de Botucatu avalia efeitos da cloroquina em covid-19
24/07/2020
Trabalho com participação da Unesp de Botucatu avalia efeitos da cloroquina em covid-19

Da esquerda para a direita: Drª. Mariana Gatto, Drª. Marina P Okoshi, Drª. Suzana E Tanni, Drª. Luana U Pagan, Dr. Diego A R Queiros

 

O estudo revelou que o uso de hidroxicloroquina isolado ou em combinação com a azitromicina, entre pacientes internados com infecção leve a moderada pela covid-19, não melhora a condição deles após 15 dias


Nesta sexta-feira, 24, foi publicado no The New England Journal of Medicine (NEJM) um estudo multicêntrico brasileiro, que contou com a participação de 55 hospitais nacionais, entre eles a Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB|Unesp) e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB). O trabalho avaliou os efeitos da cloroquina, usada isoladamente ou em combinação com a azitromicina, em pacientes internados com infecção leve a moderada pelo COVID-19.

Denominado "Hydroxychloroquine with or without Azithromycin in Mild-to-Moderate Covid-19", o projeto, no âmbito local (Botucatu), foi liderado pela professora Marina Politi Okoshi (investigadora do Coalizão Covid-19 Brasil), do Departamento de Clínica Médica da FMB|Unesp. Na equipe médica, trabalharam para o estudo o professor Alexandre Naime Barbosa, a Drª. Suzana E Tanni, Dr. Diego AR Queiros, Drª. Monica Mendes, e Drª. Liana S Coelho. “Gostaríamos de destacar a participação de toda a equipe da UPECLIN (Unidade de Pesquisa Clínica), gerenciada pela enfermeira Ana P Piloto; entre as coordenadoras, participaram: Dra. Luana U Pagan, Drª. Mariana Gatto, e Drª. Priscila Portugal”, lembrou professora Marina.

O estudo revelou que o uso de hidroxicloroquina isolado ou em combinação com a azitromicina, entre pacientes internados com infecção leve a moderada pela covid-19, não melhora a condição deles após 15 dias. Os pacientes que receberam a hidroxicloroquina, com ou sem a azitromicina, tiveram mais eventos de prolongação do intervalo QTc e aumento de enzimas hepáticas do que pacientes que não receberam a hidroxicloroquina. O aumento do intervalo QTc, no eletrocardiograma, está associado a arritmias cardíacas.

A lista dos investigadores nacionais pode ser encontrada no Supplementary Appendix, disponível no NEJM.org.
(https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2019014?query=featured_home)

Vinicius Dallaqua dos Santos
Assessoria de Comunicação e Imprensa da FMB|Unesp


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