Dados mostram que potencial de contágio de covid-19 em Botucatu teve “mega-explosão”
15/01/2021
Dados mostram que potencial de contágio de covid-19 em Botucatu teve “mega-explosão”

Botucatu, após uma queda persistente, em setembro e outubro, houve um primeiro grande salto de casos a partir de meados de novembro e em 15 dias a média de casos aumentou seis vezes

 

O governo de São Paulo antecipou para esta sexta-feira (15) a reclassificação no Plano São Paulo (flexibilização econômica) diante da grande piora da covid-19, o novo coronavírus.  Diante disso, o professor doutor da Faculdade de Medicina do Hospital das Clínicas de Botucatu (HCFMB), da Unesp,  Antonio Luis Caldas Júnior , juntamente com o professor João Carlos Vieira, vem realizando estudos sobre a evolução da doença e através de gráficos comparativos mostram a evolução dos casos novos de pessoas infectadas  no estado e em Botucatu.

Esses estudos mostram que em Botucatu, após uma queda persistente em setembro e outubro, houve um primeiro grande salto de casos a partir de meados de novembro. Em 15 dias a média de casos aumentou seis vezes. O fator “R” (potencial de contágio) estava altíssimo e vinha crescendo desde outubro.

O fator “R” é a variável que os governos tentam influenciar por meio de políticas de distanciamento social e outros comportamentos recomendados, e pode ser “revisto” diariamente, observando-se a taxa de crescimento diária de casos e mortes.

“Ainda estávamos começo de dezembro e poderíamos ter tomado medidas de prevenção e reduzir a possibilidade de transmissão. Mas ocorreu o contrário. Nas semanas seguintes bares, comércio, excursões, atividades de lazer, confraternizações de empresas e reuniões familiares lotadas com gente sem máscara ou distanciamento. Todos muito à vontade”,  disse o professor Caldas.

“O resultado? O coronavírus mandou a conta: esta “mega-explosão” de casos que estamos assistindo desde o final de dezembro”, observou, apontando gráficos e curvas crescentes de Botucatu e do Estado. “Importante dizer que o fator “R" de contágio da região de Botucatu passou nesta sexta-feira de 1,15% para 1,27%. O do estado permanece em 1,16%. Ou seja, a tendência de crescimento de casos persiste e aqui em Botucatu mais ainda”, alerta.

Caldas adverte que a situação está séria demais. “É preciso muita cautela, mas quantas aglomerações rolam em nossa cidade, esta noite, madrugada adentro?  Tanta gente trabalhando sério para que as coisas deem certo por aqui. Mas sem prevenção não há serviços de saúde que aguentem! Precisamos de atitudes solidárias e fiscalização’, encerra o professor da Unesp.

 

Situação preocupante

O secretário municipal de Saúde,  André Spadaro, vem reafirmando sua preocupação em razão de o Município estar no período de maior transição de transmissão de covid-19, desde o início da pandemia, com mais de 300 casos registrados por semana. Alerta que o momento requer maior rigor nas medidas de prevenção para que a Cidade não corra o risco de sobrecarregar ainda mais os leitos de internação, prevendo o início da vacinação para as próximas semanas.

“Precisamos contar com apoio maciço da população com uso rigoroso e correto de máscara, lavagem frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel, distanciamento social, evitando, principalmente, situações de aglomeração”, orientou o secretário.

Reforça Spadaro que todas as pessoas que apresentarem sintomas gripais se afastem de suas atividades, imediatamente e entrem em contato com a Central de Coronavírus (3811-1519) para realizar os testes, respeitando o período de isolamento domiciliar, junto com todos os que moram na mesma casa até saber o resultado, conforme orientação das equipes de monitoramento.


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