Outro dado sobre a doença mostra que 36.836 moradores já foram diagnosticados com a covid-19, desde o início da pandemia, tendo 36.097 recuperados

Na noite desta sexta-feira, dia 29, a Prefeitura de Botucatu divulgou o mais recente boletim sobre a pandemia de covid-19, o novo coronavírus, apontando que o número de óbitos causados pela doença chegou 343 casos. Foram 58 mortes em 2020; 264 em 2021; e 21 em 2022.

Também este boletim mostra que 36.836 moradores já foram diagnosticados com a covid-19, desde o início da pandemia, tendo 36.097 recuperados. Cumprindo isolamento social em suas respectivas residências estão, atualmente, 393 pessoas. A Prefeitura também realizou nas últimas horas, 611 testes para detecção da doença, com 501 negativos e 110 positivos.

Números do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (HCFM), da Unesp, mostram que 1 paciente de Botucatu está internado na enfermaria com a doença. Já no Hospital da Unimed, dois pacientes com covid estão internados. Nenhum dos pacientes se encontra em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

                                                             Professor da Unesp alerta sobre evolução da doença

O professor doutor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), Antônio Luiz Caldas Júnior, ao lado do professor João Carlos Vieira vem ao longo desta pandemia mostrando gráficos estatísticos sobre a evolução da doença na Cidade e que os casos da doença estão em disparada. Destaca que Botucatu (nesta sexta-feira) volta a ter um novo óbito por covid-19, o segundo esta semana.

“Depois de 20 dias sem internações, voltamos a ter 3 pacientes em nossos hospitais. Isto não é propriamente uma surpresa. Eu e o professor Vieira temos insistido nisso durante todo mês: quando os casos aumentam muito, as internações e óbitos tendem a crescer. Era uma questão de tempo”, coloca o professor da Unesp.

Caldas cita mais 110 casos novos e 393 moradores em quarentena. “A média diária de casos que era 12 no inicio de abril, chega agora perto de 70”, compara. “Os indicadores epidemiológicos de crescimento apontam isso há semanas e o mais impressionante é o silêncio, a falta de informação sobre este dramático aumento de casos. Números são divulgados, mas a situação em si tem sido pouco ou nada comentada”, acrescenta.

O professor doutor aponta que a maioria das pessoas acredita que já estamos no pós-pandemia. “É preciso que sejam informadas. Nada de alarde, pessimismo. Apenas informação. E por isso apelamos aos amigos da imprensa botucatuense para que cumpram este papel. Divulgar, informar, alertar sobre os fatos, os números e as tendências do elevado aumento de casos. Ainda é tempo de cautela. Todos especialistas alertaram que era muito cedo para abandonar as máscaras”, concluiu