Câmara realiza Audiência Pública para levantar alternativas caso a Sabesp seja privatizada
15/03/2024
Câmara realiza Audiência Pública para levantar alternativas caso a Sabesp seja privatizada

Estudo feito pela Corporação Financeira Internacional recomenda que 50,3% das ações seja vendida para investidores do mercado de saneamento

 

Na noite da última quinta-feira (15/03), a Câmara de Botucatu realizou uma audiência Pública para debater a municipalização dos serviços de água e esgoto na cidade, caso a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) seja privatizada. A gravação está disponível no Facebook e Youtube da Câmara de Botucatu. 

Atualmente, o Governo do Estado de São Paulo possui 50,3% das ações da Sabesp. Um estudo feito pela Corporação Financeira Internacional recomenda que essa parte das ações seja vendida para investidores do mercado de saneamento.

No mês de dezembro/2023, o atual governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, promulgou a lei que determina que o Poder Executivo está autorizado a vender sua parte na Sabesp, mediante pregão, leilão em bolsa de valores ou oferta pública de distribuição de valores mobiliários, bem como aumento de capital.

Pensando nas consequências de uma privatização, o presidente da Câmara, vereador Antonio Vaz de Almeida - Cula (PSDB), e os vereadores Alessandra Lucchesi (PSDB), Lelo Pagani (PSDB) e Rodrigo Rodrigues - Palhinha, (União) endereçaram um requerimento à Mesa da  Câmara solicitando uma audiência pública para debater o assunto.

Na ocasião, o Poder Legislativo recebeu o diretor de base do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Vagner Carlos Carvalho Baqueta, o prefeito de Botucatu, Mário Pardini, e o prefeito da cidade entre 2009 e 2016, João Cury Neto, os quais apontaram a importância da Sabesp para o município, e possíveis cenários envolvendo a municipalização dos serviços de água e esgoto caso a empresa seja realmente desestatizada. O secretário de Governo, Fábio Leite, subiu em tribuna para apresentar as alternativas levantadas pelo Executivo Municipal.

Foram destacadas quatro possibilidades: não manter o contrato vigente e licitar com uma nova empresa; manter o contrato vigente e aderir ou não à URAE (Unidades regionais de serviços de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário - criada pela Lei do Novo Marco do Saneamento) ou municipalizar totalmente os serviços de saneamento.

Segundo a Prefeitura, as análises para escolher a melhor alternativa envolvem considerações quanto ao impacto em tarifas, investimentos a serem realizados, demissão e contratação de funcionários, mobilização em eventos de crise e investimentos já realizados e não amortizados.

Os vereadores Sargento Laudo Gomes (PSDB), Rodrigo Rodrigues - Palhinha, Lelo Pagani e Marcelo Sleiman (União) também estiveram presentes e puderam tecer considerações e realizar questionamentos sobre o tema, bem como a população, de forma presencial e remota.


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