Demitido do Ministério da Saúde, Mandetta terá cargo no Democratas
16/04/2020
Demitido do Ministério da Saúde, Mandetta terá cargo no Democratas

Ex Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi demitido após uma série de atritos com o presidente da República Jair Messias Bolsonaro

 

Recém-demitido do Ministério da Saúde, Luiz Henrique Mandetta vai assumir um cargo de conselheiro nacional no Democratas , partido ao qual é filiado. A informação é do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), responsável pela indicação de Mandetta ao Ministério da Saúde no passado quando ainda era aliado do presidente Jair Bolsonaro.

Caiado diz ter havido um acordo para abrigar Mandetta na legenda. Assim, o ex-ministro não participará de governos estaduais e tentará evitar interpretações de que teria usado o Ministério para ajudar aliados. Além do governador Goiás, o de São Paulo, João Doria (PSDB), tinha demonstrado interesse em trabalhar com Mandetta.

Hoje rompido com Bolsonaro, Caiado evitou criticar a decisão do presidente de demitir Mandetta em meio à pandemia do novo coronavírus, mas enfatizou que Mandetta deixou um legado "ao conseguir achatar a curva do avanço do vírus" e disse esperar que o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, dê continuidade ao trabalho do afilhado.

"Espero que novo ministro tenha mesma sensibilidade e que tenha sucesso sabendo que essa luta ainda tem muitas etapas pela frente", afirmou o governador.

Caiado afirmou que os números de infectados por Covid-19 foram achatados por medidas de contenção do Ministério da Saúde e dos governadores. "Diante de uma pandemia que ninguém sabia como enfrentar, Mandetta entrega o Brasil hoje com resultados superiores a todos os outros países muito mais desenvolvidos que o nosso. As vezes as pessoas não entendem bem, mas ao achatar a curva, que para alguns virou o problema, ele conseguiu a salvação de milhares de brasileiros."

Caiado estava ao lado de Mandetta no último domingo quando o então ministro deu entrevista ao Fantástico, da Globo, de dentro do Palácio das Esmeraldas. Na ocasião, as declarações de Mandetta incomodaram o presidente e provocaram uma perda de apoio no grupo que tentava mantê-lo a frente do governo: a ala militar do Planalto.

 

Fonte: uol


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