Estatística revela que o número de PMs que podem disputar as eleições deste ano cresceu 62%
23/08/2020
Estatística revela que o número de PMs que podem disputar as eleições deste ano cresceu 62%

Em Botucatu onde está instalada a sede do 12º Batalhão que agrega 13 municípios e três Companhias não deverá ser diferente e a previsão é que vários policiais podem se aventurar no campo político

 

Nas eleições deste ano uma pesquisa divulgada pelo Portal UOL aponta que em todo estado de São Paulo houve um aumento de 62% no número de policiais da ativa que se afastaram para disputar as eleições municipais. Também o número de policiais reformados (aposentados) tende a aumentar.

Botucatu, onde está instalada a sede do 12º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM-I), que agrega 13 municípios e três Companhias (Botucatu, Laranjal, Paulista e São Manuel), não deverá ser diferente e a previsão é que vários policiais podem se aventurar no campo político disputando vagas nos respectivos partidos a que estão filiados e disputem o pleito.

Segundo o UOL, em 2020 foram desligados de suas funções 336 policiais militares do estado. Deverão concorrer às eleições 24 soldados, 246 cabos, 34 sargentos, sete subtenentes, 22 capitães, 1 major e dois tenentes-coronéis. O prazo para o afastamento terminou no último dia 15.

No pleito municipal de 2016 pediram afastamento 207 policiais militares, sendo 24 soldados, 140 cabos, 22 sargentos, 5 subtenentes, 9 capitães, 5 majores e dois tenentes-coronéis. A relação com os nomes dos policiais militares que pretendem se candidatar a prefeito ou vereador neste ano foram publicadas nas edições de 3 de abril e de 13 e 15 de agosto do Diário Oficial do Estado.

 

Aumento

O ex-comandante da Polícia Militar do Estado de São Paulo, coronel Marcelo Vieira Salles, 53, é um dos inativos pré-candidato a uma cadeira de vereador na Câmara Municipal de São Paulo. Ele pretende concorrer pelo PSD.

Segundo o coronel, o número de PMs candidatos às eleições vem aumentando a cada pleito porque o policial militar ficou durante décadas alijado do processo eleitoral. "O policial também tem família, é pai, é munícipe, mora na cidade, tem condições e quer participar do processo eleitoral para aprimorar a legislação e ajudar a construir um Brasil bem melhor", argumentou o oficial.

Especialista critica politização da PM, especialista em segurança pública, Rafael Alcadipani, professor de gestão pública da Fundação Getúlio Vargas, vê com preocupação o aumento no número de policiais militares candidatos às eleições. "Esse crescimento é extremamente preocupante e demonstra uma politização da Polícia Militar em São Paulo e no Brasil. A maioria desses policiais tem como lógica o discurso violento de que bandido bom é bandido morto", afirmou.


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