Nota de R$ 200,00 trazendo a imagem do lobo-guará será lançada nesta quarta-feira
31/08/2020
Nota de R$ 200,00 trazendo a imagem do lobo-guará será lançada nesta quarta-feira

Foto: Divulgação

Casa da Moeda tem trabalhado em três turnos e nos fins de semana para dar conta da demanda

 

Banco Central aponta que o brasileiro vem demandado mais dinheiro em papel na crise da covid-19, sobretudo após os pagamentos do auxílio emergencial é preciso reforçar o meio em circulação

 

A cédula de R$ 200 será lançada oficialmente nesta quarta-feira (02/09). A intenção do Banco Central (BC) é colocar 20 milhões de cédulas novas para rodar já na próxima semana, para tentar suprir a demanda por dinheiro em papel da sociedade brasileira, que cresceu na pandemia de covid-19, o novo coronavírus.

A apresentação da nota de R$ 200 é esperada há cerca de um mês, desde que o Banco Central (BC) anunciou a produção da nova cédula, que será estampada com a figura do lobo-guará. E teve a data informada nesta quinta-feira (27/08) pelo BC, em resposta a um processo que pede ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão do lançamento da nota de R$ 200.

Segundo o BC, 7,2 milhões de cédulas de R$ 200 já estão prontas. E a expectativa é que esse número chegue a 20 milhões de cédulas até o dia marcado para o lançamento. "O custo das cédulas de duzentos reais é de R$325/milheiro. Esse primeiro lote de 20 milhões de cédulas de duzentos reais custou R$6,5 milhões", calcula.

Ao todo, a autoridade monetária fez uma encomenda de 450 milhões de cédulas de R$ 200 à Casa da Moeda, ao custo de R$ 146 milhões. Por isso, a Casa da Moeda tem trabalhado em três turnos e nos fins de semana para dar conta da demanda. Nesta semana, inclusive, a Casa da Moeda negociou com os moedeiros a manutenção do regime de horas extras aos fins de semana para garantir a produção das novas notas.

O BC disse ao STF, então, que uma eventual medida liminar que impedisse o lançamento da cédula de R$ 200 "acarretaria um sério prejuízo para a execução dos serviços de meio circulante a cargo do Banco Central e para a própria sociedade em si, que vem apresentando demanda crescente por dinheiro em espécie".

A apresentação da nota de R$ 200 é esperada desde que o Banco Central anunciou a produção da nova cédula. Segundo a autoridade monetária, o brasileiro vem demandado mais dinheiro em papel na crise da covid-19, sobretudo após os pagamentos do auxílio emergencial. Por isso, é preciso reforçar o meio em circulação para que não falte dinheiro em papel no Brasil.

A nova nota, contudo, tem sido questionada por diversas entidades de combate à corrupção. O receio é de que, pelo alto valor, a cédula de R$ 200 favoreça a corrupção e a lavagem de dinheiro. Por isso, os partidos Rede, Cidadania e PSB entraram com uma ação no STF pedindo a suspensão desse lançamento. O pedido está sendo analisado pela ministra Carmem Lúcia, que recebeu do BC nesta quinta-feira a garantia de que não haverá incentivos ao aumento da corrupção com a cédula de R$ 200.

O BC argumentou que o Brasil tem ampliado os mecanismos de combate à corrupção e afirmou que "quando muito", as novas cédulas de R$ 200 representarão apenas 5% do total de cédulas em circulação no país, "figurando como a denominação com a menor quantidade em circulação", o que deve ocorrer no fim do ano.

"A nova cédula não representa violação alguma ao direito fundamental à segurança nem contraria qualquer recomendação ou orientação emanada de organismos internacionais ou entidades oficiais especializados na temática da prevenção e do combate à lavagem de dinheiro ou à criminalidade em geral".

A autoridade monetária reconheceu, por sua vez, que "a solução alvitrada não foi a ideal para contemplar todas as vertentes de interesses públicos, nem poderia ser, por se tratar de solução urgente para atender a situação emergencial da economia, sujeita aos fatores tempo e limites físicos da produção de numerário". E concluiu que esta "era a única solução possível ante o quadro fático diante o qual estavam os agentes públicos responsáveis" na pandemia de covid-19.

 

Fonte - Brasil Econômico


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