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Grupo de cerca de 20 homens armados com fuzis atacou uma agência da Caixa Econômica, no Centro da cidade, e outra do Banco do Brasil e não há informações sobre feridos ou presos
Uma quadrilha formada por cerca de 20 homens armados com fuzis trocou tiros com a Polícia Militar em Araraquara, interior de São Paulo, em uma tentativa de assalto a uma agência da Caixa Econômica Federal, no Centro, e outra do Banco do Brasil, na madrugada desta terça-feira (24).
Vídeos compartilhados em redes sociais mostram veículos incendiados e o barulho da troca de tiros que, segundo a PM, durou cerca de 40 minutos. Ainda não há informações sobre feridos ou presos. Caixa e Banco do Brasi ainda não deram posicionamento oficial sobre ação na cidade.
A ação do bando ocorreu por volta das 2h30. Um caminhão e um outro veículo foram incendiados para tentar impedir a reação de um contingente de um batalhão da PM na cidade. No entanto, PMs furaram o bloqueio e enfrentaram os criminosos.
Três caminhões foram incendiados durante a madrugada na Rodovia Antônio Machado Sant'Anna (SP-255) e deixaram o trânsito bloqueado nos dois sentidos para os motoristas que se deslocam entre Ribeirão Preto e Araraquara no início da manhã.
Especialistas do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foram enviados para a região central da cidade para retirar explosivos que foram deixados pela quadrilha dentro da agência da Caixa Econômica Federal .
O prefeito reeleito Edinho Silva (PT) usou as redes sociais para pedir tranquilidade à população. "Os assaltantes não estão em Araraquara, eles fugiram. "Vamos parar de fake news, a inverdade, parar de propagar fatos não ocorridos. Araraquara recebeu reforços de diversos policiais da região.", disse.
Crime semelhante a Botucatu
O crime recente ocorrido em Araraquara foi muito semelhante ao registrado em Botucatu entre a noite de quarta-feira (29) e madrugada de quinta-feira (30), do mês de julho quando marginais arrombaram o Banco do Brasil e uma joalheria na Rua Amando de Barros. Na ocasião dos fatos cerca de 40 assaltantes fortemente armados com pistolas, fuzis, metralhadoras explosivos, bombas e granadas, invadiram a Cidade em carros brindados, causando um verdadeiro clima de terror na Cidade. Dois policiais foram feridos, um suspeito morreu baleado e várias armas foram apreendidas. O grupo fugiu do cerco policial.
Criminosos também atearam fogo em um Toyota/Hilux que foi deixado próximo à sede do 12º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I) para impedir a saída das equipes. Eles ainda incendiaram outros veículos para bloquear rodovias e renderam moradores, que foram obrigados a ficar sobre o teto de seus veículos.
Também foram apreendidos vários fuzis calibre 762 e um .50 e uma metralhadora 9 mm, sete veículos, dois coletes balísticos, um malote de dinheiro com mais de R$ 1,6 milhão, e um rádio comunicador. Ainda foram recolhidos 17 artefatos explosivos improvisados, dois cartuchos de emulsão e três granadas.
Desde que o crime aconteceu, os autores estão sendo procurados e até agora 11 suspeitos foram presos, como Tiago Tadeu Faria, conhecido como “Gianecchini” e, mais recentemente, Carlos William Marques de Jesus, o "Grandão". Outros integrantes estão identificados, mas permanecem foragidos.