Funcionário público é preso na região por ameaça e polícia investiga a cobrança de propinas
03/12/2020
Funcionário público é preso na região por ameaça e polícia investiga a cobrança de propinas

         Vítima fotografou momento em que policiais rodoviários realizavam buscas ao acusado / Foto: Arquivo Pessoal

Em patrulhamento policiais rodoviários conseguiram localizar o acusado e a caminhonete em uma rua de e, ao seu lado, seguia um engenheiro, arrolado como testemunha

 

Um funcionário público federal, que atua como técnico no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), foi preso em Pederneiras acusado de porte ilegal de arma fogo e de usá-la para ameaçar um empresário no Horto Aimorés. O homem, que tem 51 anos, ainda é investigado pela Polícia Civil da cidade por suspeita de cobrança de propina a moradores e proprietários de terras do local. O nome dele não foi divulgado pela polícia.

A prisão ocorreu policiais rodoviários que estavam em patrulha nas imediações atenderem ao chamado de que havia um homem armado no Horto em uma caminhonete do Incra.  No local, os policiais se deparam com a vítima, um empresário de 55 anos, que confirmou a situação aos policiais. A equipe, então, saiu em patrulhamento e conseguiu localizar o funcionário do instituto e a caminhonete em uma rua de terra próxima à rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-225).

O acusado conduzia a caminhonete e, ao seu lado, seguia um engenheiro, arrolado como testemunha. Em revista ao veículo, os policiais localizaram R$ 5,4 mil em dinheiro que o indiciado chegou a alegar que recebeu de seu pai.

Na sequência, a testemunha contou aos policiais que o acusado discutiu com a vítima e, em dado momento, exibiu um coldre de arma. Logo depois, o acusado ligou o veículo e dirigiu por uma estrada, colocando a arma no pé de uma árvore.

Logo após a abordagem, os policiais seguiram para o local indicado pela testemunha e localizaram o revólver calibre 38 com coldre e munições, se tratando de 6 intactas na arma e outras 27 íntegras e uma deflagrada.

 

PRISÃO

Neste momento, segundo o registro policial, o acusado teria confessado ter apontado a arma para a vítima durante discussão e contou que teria adquirido o armamento em um assentamento na região para defesa pessoal.  Ele foi detido em flagrante, levado para a delegacia e teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça. Ele está no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Bauru.

Em nota, o Incra/SP disse que não foi comunicado oficialmente sobre o fato relatado. "Desde já nos encontramos à disposição das autoridades responsáveis para prestar qualquer informação e para os encaminhamentos necessários no decorrer das investigações".

A vítima disse aos policiais que já teria pago até R$ 12 mil e mais duas novilhas para o acusado com objetivo de regularizar terras. "Uma senhora precisou passar a terra e minha filha, de 27 anos, ficou como agregada e tem plantação lá. Na época, pagamos para acertar a situação, mas ele (acusado) nunca nos trouxe papel algum. De vez em quando, ele aparece, notifica a gente e insinua que quer dinheiro", afirma em entrevista ao JC. "Ele fez isso com várias pessoas no Horto. Todos têm medo dele lá. E, parece que em outros assentamentos também", acrescenta. A Polícia Civil instaurou inquérito sobre o caso. "O dinheiro foi apreendido e a denúncia de propina será apurada", informa o delegado Marcelo Bertoli.

JCNET


CURTA NOSSO FACEBOOK

PREVISÃO DO TEMPO

© Tribuna de Botucatu todos os direitos reservados.