Laércio de Souza Lanes e a mulher dele, Lindalva Prado Lanes, foram mortos dentro de casa onde residiam
Subcomandante da Guarda Civil Municipal foi encontrado sentado à mesa da sala de jantar e ainda estava com a farda da Guarda Municipal, pois havia acabado de chegar do trabalho
A Justiça manteve a condenação por latrocínio de Danilo Roberto de Lima Rosa, um dos acusados pela morte do subcomandante da Guarda Civil Municipal (GCM) de Mairinque, Laércio Souza Lanes (48) e da esposa dele, Lindalva Prado Lanes (32). O crime aconteceu em agosto de 2013 e a pena foi arbitrada em 30 anos de prisão.
O documento da condenação mostra que Danilo cumprirá a pena por latrocínio inicialmente em regime fechado. Na decisão, a juíza cita o trauma do filho, que viu os pais serem assassinados e ainda foi atingido por um tiro na cabeça. O trauma também é citado pelo relator da apelação, o desembargador Amaro Thomé.
"Um crime friamente planejado e executado com crueldade extrema, mediante a violência exagerada e desproporcional", afirma a juíza Camila Giorgetti no documento. O julgamento teve votação unânime, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (14).
Danilo havia sido preso em 2017, na cidade de Cerqueira César, após ter ficado quatro anos foragido. Além dele, outras sete pessoas estavam envolvidas no crime - destas, três foram absolvidas e duas eram menores de idade na época. De acordo com a polícia, Fernando Henrique Pereira da Silva, que na época tinha 21 anos, teria sido o mentor intelectual do crime e continua foragido.
Relembre o caso
Laércio Souza Lanes e Lindalva Prado Lanes foram mortos na noite do dia 9 de agosto de 2013 dentro de casa. Segundo a polícia, o subcomandante da Guarda Civil Municipal foi encontrado sentado à mesa da sala de jantar. Ele ainda estava com a farda da Guarda Municipal, pois havia acabado de chegar do trabalho. A mulher estava caída ao lado dele, com as mãos amarradas para trás.
Cada um foi atingido por um tiro na cabeça. A princípio, a arma usada seria uma espingarda calibre 36. Eles morreram no local e o filho do casal, de apenas 10 anos, também levou um tiro na cabeça e foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional, em Sorocaba. Os criminosos fugiram nos dois carros da família. Um deles capotou na fuga e o outro veículo foi encontrado queimado. As duas armas do guarda também foram levadas.
Segundo a polícia, o caso foi registrado como latrocínio, pois os criminosos invadiram a residência da família para roubar o dinheiro da venda do imóvel do guarda. Ainda conforme a polícia, os ladrões não conseguiram o dinheiro, pois a venda teria sido feita por transação bancária.