Foto - Jornal Cruzeiro do Sul

Advogada Juliana Torres que foi a primeira homenageada dedicou 28 anos de sua vida ao exercício da advocacia criminal

Advogado criminalista e professor Abramo Cuter, que tem família radicada em Botucatu,  destacou-se por sua atuação em mais de 500 sessões de tribunais do júri, e é reconhecido profissionalmente até hoje

Criada pela Comissão da Advocacia Criminal da OAB Sorocaba em 2016,  a medalha Abramo Rubens Cuter foi outorgada pela primeira vez em data que se comemora o Dia do Advogado Criminalista e entregue pela primeira vez à advogada Juliana Torres, que foi aluna de Cuter. Depois dela, vários outros profissionais ligados à área jurídica também foram agraciados em reconhecimento ao trabalho desenvolvido.

Advogado criminalista e professor Abramo Rubens Cuter, que tem família radicada em Botucatu,  destacou-se por sua atuação em mais de 500 sessões de tribunais do júri, e é reconhecido profissionalmente até hoje. A condecoração faz parte do calendário anual da Subseção sorocabana.
 
A advogada Juliana Torres, primeira homenageada com a medalha, dedicou 28 anos de sua vida ao exercício da advocacia criminal, destacando-se com louvor numa área tipicamente masculina. "Dr. Abramo Cuter foi um grande mestre, ele me ensinou a ter a coragem e posicionamento perante ao júri", declarou Juliana. "Sempre sonhei em ser advogada, mas nunca imaginei em ser premiada com uma medalha que levasse o nome da pessoa que me guiou nessa profissão", completou.

 

Perfil

Abramo Rubens Cuter, nasceu em Cambará/PR, em 03 de junho de 1930, filho de Virgílio Cuter e de Dozolina do Rio Cuter.

Fez o Seminário menor em Botucatu, cursando o maior em São Paulo – capital, especificamente Ipiranga, prestes a ordenar-se desistiu dos estudos, indo para Botucatu, cidade onde sua família já estava residindo.

Ministrou aulas no Colégio Diocesano Nossa Senhora de Lourdes, as disciplinas de Latim, português e francês, onde conheceu sua esposa, Therezinha de Jesus Gallerani, professora de inglês no mesmo colégio.

Prestou concurso de Latim, tendo sido classificado nos primeiros lugares, escolhendo a cidade de Avaré/SP, no ingresso de sua carreira.

Casou-se com Therezinha de Jesus Gallerani (Cuter) e após pouco tempo, foi removido por concurso para Sorocaba onde lecionou na Escola Estadual “Júlio Prestes de Albuquerque”; Organização Sorocabana de Ensino; Fatec; Dom Aguirre e Colégio Santa Escolástica. Quando ministrava aulas em diversas escolas, fazia também o Curso de Direito na cidade de Bauru/SP, onde graduou-se, fazendo da sua profissão um “Sacerdócio”

Da união de Abramo com Therezinha, nasceram quatro filhos: João Vergílio Gallerani Cuter – Professor da USP; Luiz Antonio Gallerani Cuter – pertencente ao Jurídico da Prefeitura Municipal de Sorocaba; Paula Beatriz Gallerani Cuter Rochel – Psicóloga e Abramo Rubens Cuter Filho – Professor de Artes Marciais.

Os júris foram sua especialidade e atuou em causas de grande repercussão, tendo sido considerado pela “AERIMESP”, um dos “Ícones da Advocacia Criminalista Brasileira”. Faleceu em 18 de dezembro de 2009.