Diante evidência o acusado acabou assumindo a autoria do homicídio, admitindo haver praticado o crime por vingança decorrente de maus tratos e constantes humilhações impostas pela vítima

Na noite deste sábado (19) a Guarda Civil Municipal, através do GAPE (Grupo de Ações Preventivas Especiais) foi acionada através do telefone 199 para comparecer ao Bairro Cohab 3, para atender uma ocorrência de homicídio. No local os agentes fizeram contato com a equipe médica do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que relatou que a vítima Natal Alves Aragão, de 49 anos, já se encontrava sem vida ao lado de uma escada e com uma faca ao lado do corpo no Conjunto Habitacional Engenheiro Francisco Blasi. No corpo, foram encontrados pelo menos 30 orifícios produzidos com golpes de faca.

Em ato contínuo foi averiguado que o possível autor do homicídio poderia ter sido o cunhado da vítima, chamado Daniel, pois ele era o único na residência e apresentava lesões nas mãos.  Os vizinhos ouviram gritos de socorro e entraram pouco tempo depois na residência, sendo que eles ligaram para a esposa da vítima pedindo a autorização para verem o que estava ocorrendo.

Diante dos fatos os agentes preservaram o local e fizeram contato com o plantão policial permanente narrando o ocorrido ao delegado Fernando César dos Reis, que ao tomar ciência, compareceu ao local e solicitou a presença da perícia, sendo encontrado na prateleira de um armário de aço uma toalha, uma cueca, uma bermuda, uma camisa e meias, todas molhadas e impregnadas com sangue no quarto do suspeito.

Daniel, diante da clara evidência, foi novamente indagado e acabou assumindo a autoria do homicídio admitindo haver praticado o crime por vingança decorrente de maus tratos e constantes humilhações impostas pela vítima.

Ratificada a voz de prisão, de natureza homicídio qualificado, sendo o autor conduzido ao Instituto Médico Legal (IML) e, posteriormente, ao Pronto Socorro Regional, onde passou por avaliação médica.

No plantão policial permanente foi elaborado o boletim de ocorrência (BO) de natureza homicídio qualificado e o criminoso permaneceu detido, para ser conduzido ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Itatinga. Posteriormente, deverá ser submetido ao crivo de um júri popular.