Projeto visa transformar antiga cadeia de Botucatu em Centro de Polícia Judiciária
05/01/2020
Projeto visa transformar antiga cadeia de Botucatu em Centro de Polícia Judiciária

Fotos: Valéria Cuter

Delegado seccional adianta que o projeto já foi elaborado e licitado e depende do aval do governo do Estado para que as obras sejam iniciadas

 

Um arrojado projeto visa transformar a antiga cadeia de Botucatu num Centro de Polícia Judiciária, com o objetivo de levar toda a estrutura administrativa e operacional da Polícia Civil para um único ponto da Cidade, como Delegacia Seccional de Polícia;  Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE); Delegacia de Investigações Gerais  (DIG), Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (GARRA):  1º Distrito Policial; e até o Instituto Médico Legal (IML).

De acordo com o delegado seccional de polícia, Lourenço Talamonte Neto, o objetivo é otimizar o trabalho e gerar economia ao Estado, que é proprietário de toda a quadra daquela área onde funcionava a cadeia e onde hoje já opera a DIG, Delegacia Seccional, Plantão Permanente e Núcleo Especial Criminal (NECRIM).

“Os demais órgãos da Polícia Civil de Botucatu estão espalhados em pontos diferentes da Cidade, funcionando em prédios alugados. A construção desse Centro traria toda a nossa estrutura para um único ponto da Cidade, sem pagar aluguel.  Isso otimizaria os serviços de todos os departamentos e policiais, assim como melhoraria o acesso e atendimento à população”, destaca Talamonte Neto.

O delegado seccional adianta que o projeto já foi elaborado e licitado e depende do aval do governo do Estado para que as obras sejam iniciadas. “De acordo com o projeto o complexo de dois pavimentos teria entradas e salas distintas a cada departamento para facilitar o munícipe, elevador, acessibilidade para idosos e portadores de deficiências, e até uma sala para a Ordem dos Advogados do Brasil - Subsecção de Botucatu”, enumera Talamonte. “Ainda consta no projeto a construção da sede do Instituto Médico Legal”, completa.

 

Desativação

Vale lembrar que a cadeia tinha dez celas e foi inaugurada nos anos 60 no prédio da Rua Professor Vagner, região do Bairro Alto, para abrigar, até 60 presos (seis detentos por cela). Entretanto, com o transcorrer dos anos, sem a construção de novas celas, chegou a alojar 250 presos (25 por cela).

Além da superlotação, as estruturas ficaram comprometidas por falta de manutenção e a cadeia, sem condições de operacionalidade, acabou desativada em 2013, sendo todos os presos remanejados. Hoje os compartimentos das dez celas ainda permanecem no local, com exceção das grades que foram retiradas e aproveitadas em penitenciárias. A área está, literalmente, ociosa.

 

Delegado seccional promove mudanças

Vale destacar que Lourenço Talamonte Neto assumiu o comando da Polícia Civil de Botucatu que agrega as delegacias e distritos de 13 municípios da região, em setembro do ano passado, nomeado pela Secretaria de Segurança Pública, assumindo o lugar de Antonio Soares da Costa Neto.

Apesar do pouco tempo no comando da seccional, Talamonte, além de estar à frente desse projeto de construção do Centro, realizou mudanças bastantes significativas para otimizar os trabalhos e prestar melhor atendimento à população.

Uma das mudanças foi desativar o 2º Distrito Policial (DP), que funcionava na Rua Major Matheus, Vila dos Lavradores, ficando os serviços daquela delegacia como elaboração de boletins de ocorrências (BOs) concentrados no 1º DP, na Rua João Passos, Bairro do Lavapés. Já a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) saiu da Rua Gustavo Teixeira Assunção, Jardim Dona Nicota e passou a atender na Vila dos Lavradores no mesmo imóvel onde funcionava o 2º DP.

Outra mudança feita por Talamonte foi tirar o delegado adjunto da DISE, Mauro Sérgio Rodrigues dos Santos e nomeá-lo delegado assistente da Delegacia Seccional. Para o lugar de Mauro Santos, foi designado o delegado Marcos Mores, que era titular do 2º DP.

Vale destacar ainda que Talamonte conhece à fundo todos os tramites administrativos e operacionais da Delegacia Seccional.  Trabalhou como delegado assistente por mais de 20 anos e seu nome foi consenso nos mais variados segmentos da sociedade, sendo, inclusive, indicado pelo seccional a quem sucedeu.

 


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