No Cempas estão dezenas de aves e animais resultado de apreensões policiais, vítimas de atropelamentos em estradas e caçadores ou ainda vindos de pessoas que criam os animais e depois resolvem abandoná-los
A Polícia Militar Ambiental reintroduziu na natureza diversos animais silvestres que passaram por um período de tratamento médico veterinário no Centro de Medicina e Estudos em Animais Selvagens (Cempas) da Unesp de Botucatu.
A soltura foi acompanhada por veterinários que trataram desses animais e aconteceu durante o Patrulhamento Preventivo e a Operação Servir e Proteger. Foi devolvido ao habitat natural um tatu galinha, um cachorro do mato, um inhambu - chororó, uma gralha do campo, uma jararaca e quatro cascavéis.
O local escolhido para a soltura dos animais foi o quilômetro três da Rodovia Eduardo Zucari Duratex, nas proximidades do instituto FloraVida. Os policiais apontam que todos os bichos estavam aptos para reintrodução à natureza e a soltura ocorreu sem maiores problemas.
Tratamento de animais silvestres
O professor/doutor Carlos Roberto Teixeira, responsável pela introdução do Cempas em Botucatu enfatiza que o desenvolvimento das monoculturas, o avanço das construções urbanas nas áreas verdes e o aumento das malhas viárias diminuem os habitats naturais dos animais silvestres, que acabam invadindo a zona urbana.
No Cempas estão dezenas de aves e animais resultado de apreensões policiais, vítimas de atropelamentos em estradas, queimadas e caçadores ou ainda vindos de pessoas que criam os animais e depois resolvem abandoná-los.
“Animais que não podem mais viver na natureza são usados para doutorado ou encaminhados para criadouros conservacionistas legalizados pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Produtos Renováveis (IBAMA) ou mesmo para zoológicos”, explica Teixeira. “Já os aninais recuperados e em boas condições de saúde são reintroduzidos ao habitat natural”.