Animal ficou aos cuidados do Cempas e como não se evidenciou nenhuma alteração nos exames realizados, foi considerado apto para ser reintroduzido em seu habitat natural

Durante a tarde desta quarta-feira (29) o Grupo de Proteção Ambiental (GPA), da Guarda Municipal de Botucatu, com apoio de técnicos do  Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens - Cempas, da Unesp, realizou a soltura de um tamanduá-bandeira numa área rural do Município (não revelado).

Esse animal havia sido resgatado no chiqueiro de uma chácara pelo Corpo de Bombeiros de Lençóis Paulista, no dia 23 de dezembro. Após a captura o animal foi entregue aos cuidados dos veterinários do Cempas.

Nesses dias em que permaneceu internado, foi coletado exames de hemograma e bioquímico, além do Raio X. Como não foi evidenciada nenhuma alteração nos exames realizados, o animal foi considerado apto para ser reintroduzido na natureza.

Vale destacar que não são raros casos em que esta espécie de animal acaba morrendo ao atravessar estradas rurais da região. Em razão de estar perdendo espaço em seu habitat natural o tamanduá invade a área urbana onde acaba atropelado ou atacado por cães.

Focinho longo e padrão característico da pelagem

O tamanduá-bandeira é um mamífero que mede entre 1,8 e 2,1 metros de comprimento e pesa até 41 kg. É facilmente reconhecido pelo seu focinho longo e padrão característico da pelagem. Possui longas garras nos dedos das patas anteriores e o aparelho bucal é adaptado a sua dieta especializada em formigas e cupins, mas em cativeiro ele pode ser alimentado com carne moída, ovos e ração, por exemplo.

É encontrado em diversos tipos de ambientes, desde savanas a florestas. Prefere forragear em ambientes abertos, mas utiliza florestas e áreas mais úmidas para descansar e regular a temperatura corporal. É capaz de nadar em rios amplos. Seus predadores incluem grandes felinos, como a onça-pintada e a suçuarana, e rapinantes podem predar filhotes.