Já foi realizada em Botucatu uma operação desencadeada pela Polícia Civil que identificou vários grupos de pichadores que fazem disputas entre si, existindo uma lógica de guerra para ver quem desafia o impossível

Um ato de vandalismo, ocorrido em Botucatu chamou a atenção de várias pessoas e deixou turistas e amantes de esportes radicais revoltados. Pessoas não identificadas picharam a “Pedra do Índio”, que fica na cuesta de Botucatu e é um dos principais, mais visitados e fotografados pontos turísticos da região.

“Fui no local para dar um passeio e encontrei a pedra pichada. Uma pena que pessoas façam isso com esse valioso patrimônio turístico. Vimos aquilo e optamos por fotografar e fazer a limpeza para mostrar como estava e como ficou”, disse um frequentador do local que procurou o Tribuna Botucatu.

Nunca é demais lembrar que já foi desencadeada em Botucatu uma operação pela Polícia Civil que identificou vários grupos de pichadores que faziam disputas entre si.  Entre os grupos existe uma lógica de guerra para ver quem desafia o impossível, quem chega mais alto, quem burla a segurança dos edifícios. As "vítimas civis" dessa disputa são os donos de imóveis atingidos e os cidadãos que se importam com a conservação dos bens públicos.

A pichação é o ato de escrever, rabiscar ou desenhar muros, fachadas de edificações, asfalto de ruas ou monumentos, usando tinta em spray aerossol, dificilmente removível, estêncil ou mesmo rolo de tinta.  No geral, são escritas frases de protesto ou insulto, assinaturas pessoais ou mesmo declarações de amor, também utilizada como forma de demarcação de territórios entre grupos – às vezes gangues rivais.

No Brasil, a pichação é considerada vandalismo e crime ambiental, nos termos do artigo 65 da Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), que estipula pena de detenção de 3 meses a 1 ano, e multa, para quem pichar, grafitar ou por qualquer meio sujar edificação ou monumentos urbanos.