Foto – Ilustrativa/Divulgação
Botucatu aparece na 39ª posição, com uma taxa de 67,5 estupros a cada 100 mil habitantes, sendo que Ourinhos encerra a lista, na 50ª colocação, com uma taxa de 60,6 casos de estupros para cada 100 mil habitantes
Segundo o levantamento do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com apenas municípios com mais de 100 mil habitantes que foram analisados, apresentou Botucatu e Ourinhos, no centro-oeste paulista, ao lado de Barretos, as únicas três cidades do estado de São Paulo que ficaram entre as 50 cidades do país com os maiores índices de estupros em 2023
Botucatu aparece na 39ª posição, com uma taxa de 67,5 estupros a cada 100 mil habitantes. Ourinhos encerra a lista, na 50ª colocação, com uma taxa de 60,6 casos de estupros para cada 100 mil habitantes. Em 1º lugar está Sorriso, no Mato Grosso, com uma taxa de 113,9 estupros a cada 100 mil habitantes.
De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, as taxas foram calculadas a partir da soma do número de vítimas de estupro e estupro de vulnerável informadas nas bases de dados compartilhadas pelos gestores de estatística dos estados e DF. Os números usados como base se referem ao ano de 2023.
Um estuporo a cada seis minutos
Ainda segundo o levantamento, o número de estupros no Brasil cresceu e atingiu mais um recorde. Em 2023, foram 83.988 casos registrados, um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior. O número representa um estupro a cada seis minutos no país. Este é o maior número da série histórica, que começou em 2011. De lá para cá, os registros cresceram 91,5%.
Do total de casos, 76% correspondem ao crime de estupro de vulnerável – quando a vítima tem menos de 14 anos ou é incapaz de consentir por qualquer motivo, como deficiência ou enfermidade. As principais vítimas do crime no país são meninas negras de até 13 anos. V
Perfil das vítimas
- 88,2% são do sexo feminino;
- 61,6% têm até 13 anos;
- 52,2% são negras;
- 76% eram vulneráveis.
A violência acontece majoritariamente dentro de casa – em 61,7% dos casos, o estupro foi registrado na residência. Na sequência, está a via pública (12,9%). Entre as vítimas de até 13 anos, em 64% o agressor é um familiar, e em 22,4% conhecidos.
Além dos estupros, todas as modalidades de violência contra mulheres cresceram:
- ⬆️ Feminicídio – subiu 0,8%;
- ⬆️ Tentativa de feminicídio – subiu 7,1%;
- ⬆️ Agressões decorrentes de violência doméstica – subiu 9,8%;
- ⬆️ Stalking – subiu 34,5%;
- ⬆️ Importunação sexual – subiu 48,7%;
- ⬆️ Tentativas de homicídio – subiu 9,2%;
- ⬆️ Violência psicológica – subiu 33,8%;
Das 1.467 vítimas de feminicídio, 63,6% eram negras, 71,1% tinham entre 18 e 44 anos, e 64,3% foram mortas em casa. Destas, o assassino foi o parceiro em 63% dos casos, o ex-parceiro em 21,2% e um familiar em 8,7% dos registros.
No ano passado, foram concedidas 540.255 medidas protetivas de urgência, um aumento de 26,7% em relação ao ano anterior.
Fonte – G1