Núcleo de Atenção a Transtornos Alimentares volta a atender o público de Botucatu

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Cerca de uma em cada cinco crianças entre 6 e 18 anos apresenta algum tipo de desordem alimentar que, se não tratada corretamente, pode se tornar um transtorno alimentar, como anorexia, bulimia e compulsão alimentar

 

Neste mês de agosto, o Núcleo de Atenção a Transtornos Alimentares na Infância e Adolescência – NUATRA, após um período de recesso, volta a atender o público de Botucatu. O projeto é coordenado pela professora doutora Luiza Cristina Dias, do Departamento de Ciências Humanas e Ciências da Nutrição e Alimentação do Instituto de Biociências de Botucatu (IBB) da Unesp – câmpus de Botucatu.

Recentemente, o NUATRA foi contemplado por uma verba que permitiu ampliar a quantidade de atendimentos realizados pelos profissionais. “Desse modo, atenderemos mais jovens necessitados do nosso trabalho, oferecendo a estes maiores chances de cura e retomada da rotina da vida diária”, afirmou Luiza.

Com serviços gratuitos no âmbito do SUS, o NUATRA caracteriza-se como um ambulatório de especialidades ligado à Secretaria Municipal da Saúde de Botucatu. Os pacientes, com diagnóstico de anorexia, bulimia e transtorno de compulsão, chegam ao NUATRA encaminhados pelos profissionais das unidades de saúde de Botucatu, onde são acolhidos, tratados e acompanhados por uma equipe multiprofissional, incluindo psiquiatras, psicólogos e nutricionistas, que visam atuar de forma integrada com as famílias, afinal, os transtornos alimentares afetam não apenas o modo de se alimentar, mas também as relações sociais.

“Acreditamos contribuir de forma significativa para uma sociedade melhor. Com nossa equipe integrada, conseguimos melhorar a situação física e psicológica de crianças e adolescentes”, finalizou a docente.

 

Atenção aos sinais de Transtornos Alimentares em Crianças e Adolescentes

De acordo com informações divulgadas pelo Jornal da USP, dados de 2023, cerca de uma em cada cinco crianças entre 6 e 18 anos apresenta algum tipo de desordem alimentar que, se não tratada corretamente, pode se tornar um transtorno alimentar, como anorexia, bulimia e compulsão alimentar. No território nacional, cerca de 10 milhões de pessoas apresentam algum tipo de transtorno alimentar.

De acordo com a docente do IBB, Luiza Cristina Dias, quanto antes os pais identificarem os sinais e buscarem ajuda, maiores são as chances de cura.

“Comportamentos dos filhos como restrição ou evitação de alimentos, preocupação excessiva com peso e imagem e isolamento social são alguns sinais de que é o momento de buscar ajuda. É muito importante os pais entenderem a gravidade do assunto e não levar os comportamentos apenas como ‘uma fase’ que irá passar sozinha. Quanto antes o tratamento for buscado, mais eficaz ele se torna”, explicou.

Os transtornos alimentares não são discriminatórios e podem afetar qualquer criança e adolescente, independentemente da classe social e econômica. O diagnóstico precoce salva vidas.

Da Assessoria