Programação incluiu oficinas dinâmicas sobre leitura crítica de artigos científicos, distinção entre ciência e desinformação, elaboração do currículo lattes, estratégias de colaboração em pesquisas, entre outros temas
Nos dias 28 e 29 de julho, o Departamento de Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB/UNESP) sediou a “Escola de Inverno 2025 – Formação de Adolescentes como Consultores de Pesquisa”. A iniciativa, pioneira no Brasil, integrou pós-graduandos de diferentes programas, estudantes do ensino médio e docentes em uma experiência transformadora de letramento científico e engajamento social.
Contemplada pelo edital PROPG/PROEC/PROPE 21/2025 de apoio à Extensão Universitária, a proposta foi executada pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Mestrado e Doutorado Profissionais, sob coordenação da professora Clarita Terra Rodrigues Serafim. As atividades tiveram como base o Envolvimento do Paciente e do Público (EPP), abordagem que valoriza a participação ativa da comunidade em todas as etapas da produção do conhecimento científico. Inspirada em experiências internacionais, como a rede britânica INVOLVE e o PPI Ignite Network, buscou inserir adolescentes como protagonistas em pesquisas na área da saúde, especialmente na enfermagem.
A programação incluiu oficinas dinâmicas sobre leitura crítica de artigos científicos, distinção entre ciência e desinformação, elaboração do currículo lattes, estratégias de colaboração em pesquisas, entre outros temas relevantes para a formação científica dos jovens. Os participantes também realizaram visitas guiadas às principais unidades de pesquisa da FMB, como a UPECLIN (Unidade de Pesquisa Clínica) e a UNIPEX (Unidade de Pesquisa Experimental), onde puderam conhecer de perto o funcionamento de estudos científicos. Ao final, foram convidados a atuar como consultores em projetos de pesquisa em desenvolvimento no âmbito dos programas de pós-graduação em enfermagem, mestrado e doutorado – profissional e acadêmico.
Com a participação de aproximadamente 20 estudantes de escolas públicas e privadas da região, a Escola de Inverno rompeu barreiras entre universidade e comunidade, promovendo inclusão, equidade e o despertar de vocações científicas. Para os pós-graduandos envolvidos, a iniciativa representou um exercício de responsabilidade social, estímulo à comunicação científica acessível e oportunidade de desenvolvimento pedagógico.
Segundo a pós-graduanda Denise Desconsi, uma das organizadoras da iniciativa, os adolescentes capacitados demonstraram notável potencial para colaborar em diversas etapas do processo científico, como a formulação de perguntas de pesquisa, a validação de instrumentos e a análise da relevância social dos estudos, contribuindo de forma significativa para a qualidade e aplicabilidade das investigações em saúde.
Carlos Pessoa
Assessoria de Comunicação e Imprensa – ACI/FMB









