Instituição se mantém como o segundo maior hospital do Estado em número de atendimentos, realizando mais de quatro milhões de atendimentos por ano
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp (HCFMB) comemorou, neste mês de julho, seus 15 anos de autarquização, processo onde a instituição deixou de ser custeada pela Unesp e pela Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) e passou ser financiada pela Secretaria Estadual de Saúde do Estado de São Paulo (SES-SP), além da produção SUS.
O segundo maior hospital do Estado em número de atendimentos
Propostas inovadoras mostram a nítida evolução da assistência do HCFMB nestes últimos 15 anos, como a abertura de novos serviços, construções e inaugurações de obras importantes, que oferecem hoje uma melhor assistência às 68 cidades da região que o Hospital atende.
Desde 2020, o HCFMB se mantém como o segundo maior hospital do Estado em número de atendimentos, realizando mais de quatro milhões de atendimentos por ano, segundo dados divulgados pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP).
Entre janeiro e dezembro de 2023, o HCFMB realizou 4.148.649 (quatro milhões, cento e quarenta e oito mil e seiscentos e quarenta e nove) atendimentos, entre ambulatoriais, urgência, emergência, consultas e exames; ficando atrás apenas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Comparado a 2022, o HCFMB realizou 425 mil atendimentos a mais, caracterizando um aumento assistencial de 11,4%.
Comemoração dos 15 anos de autarquia
Nesta quinta-feira, 31, o HCFMB celebrou os 15 anos de sua autarquização, marco que transformou profundamente sua estrutura de gestão e assistência. O evento reuniu servidores, autoridades, gestores, docentes e demais representantes da saúde pública em uma tarde de homenagens e reflexões.
Iniciando o evento, o Chefe de Gabinete do HCFMB João Henrique Castro ressaltou a importância da articulação institucional na manutenção da autonomia e eficiência hospitalar. Em seguida, o Superintendente do HCFMB José Carlos Souza Trindade Filho reforçou o compromisso da instituição com a gestão estratégica, pautada na humanização e na sustentabilidade.
“A autarquização foi responsável por dar mais agilidade administrativa e permitir avanços significativos em infraestrutura, tecnologia, qualificação profissional e qualidade assistencial. A parceria com a SES neste período foi destacada como fundamental para esse processo”, afirma.
A roda de discussão “Pioneirismo em Autarquização: lições e legado” reuniu os gestores que participaram ativamente do processo na época: Sergio Swain Muller, Diretor da FMB/Unesp no período 2007 -2011; Pasqual Barretti, Diretor Presidente da Famesp; Emilio Carlos Curcelli, Superintendente do HCFMB no período 2009 – 2016 e Cesar Martins, Vice-Reitor da Unesp.
“A autarquia nasceu de uma necessidade. Para ser um bom hospital de ensino e um bom hospital em assistência, um hospital precisa ser grande. Conduzir o processo de transição e consolidação deste novo modelo administrativo por sete anos foi gratificante, procurando sempre criar melhores condições de crescimento e qualificação no HC”, disse Curcelli.
O evento também prestou uma homenagem especial ao professor Pasqual Barretti, com a entrega do “Crachá de Pioneiro”, em reconhecimento à sua liderança na transição para o modelo autárquico.
O painel “Hospital Cada Vez Melhor: Liderança, Assistência e Inovação” reuniu as falas de Emílio Carlos Curcelli e de André Luis Balbi, também Superintendente entre 2017-2023. A contribuição estratégica dos gestores foram fundamentais para que, ao longo dos anos, o HCFMB se consolidasse como uma instituição de referência em saúde, ensino e gestão.
As mesas seguintes abordaram a evolução da gestão hospitalar ao longo das últimas décadas e os laços entre a FMB e o HCFMB. O tema “Desafios e Perspectivas para a Próxima Década” propôs temas como digitalização e sustentabilidade, com a participação de Fabíola Leão S. Yamamoto, Diretora da DRS VI; Silke Weber, Diretora de Assistência e Pedro Luiz Toledo de Arruda Lourenção, Vice-Diretor da FMB.
O evento foi realizado pela Superintendência do HCFMB e pelo Núcleo de Eventos da Gerência de Relações Institucionais do HCFMB.
A história do processo de autarquização do HCFMB
O HCFMB iniciou o processo de se transformar em Autarquia do Estado em 2002. Custeado inicialmente pela FCMBB – Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu, a partir de 1976 integralmente pela Unesp e incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 1989, o Hospital passou por grandes crises orçamentárias ao longo dos anos, que impactavam no custeio, investimento e reposição de recursos humanos, com evidentes reflexos na qualidade da assistência, ensino e pesquisa.
Com a constatação de que os recursos da Unesp, somados aos recursos do SUS, não seriam suficientes para a sua sobrevivência, o HC transformou-se em Autarquia do Estado em 2010. Assim, a instituição deixou de ser custeada pela Unesp e pela Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), passando a ser financiada pela SES e pela produção SUS.
A autarquização do HCFMB foi um marco que transformou profundamente a instituição, e consolidou seu papel como referência em assistência, ensino e pesquisa na saúde pública. O Governo e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, juntos à DRS VI têm papel fundamental no processo de autarquização e no apoio contínuo ao HCFMB, essencial para a consolidação de políticas públicas de saúde cada vez mais integradas, humanas e sustentáveis.
Faculdade de Medicina de Botucatu e Famesp: Pilares da autarquização
A Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) e a Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp) têm extrema importância no processo de autarquização do HCFMB. Em parceria contínua, o Hospital se mantém como palco de ensino e pesquisa para a Unesp e para a FMB, com seus cursos de Medicina e Enfermagem, além da Residência Médica e Residência Multiprofissional. A Famesp atua na gestão de recursos do HCFMB, dando mais agilidade aos processos, principalmente quando há falta de recursos orçamentários do Estado, sendo base sólida de atuação na assistência do HC.
Por: Vivian Abilio
