Centro Cultural de Botucatu comemora mais um ano de função social e patriótica em defesa da cultura

Texto do acadêmico Olavo Pinheiro Godoy

Disse, certa vez, um famoso escritor brasileiro: “Uma nação se constrói com homens e livros”. Crendo nesse irrefutável dogma, O Centro Cultural de Botucatu, cumpre, a 80 anos, a sua função social e patriótica em defesa da cultura botucatuense.

Fundado a 06 de agosto de 1942, no pavimento superior do Teatro Espéria, instalado oficialmente pelo inesquecível historiador Dr. Sebastião de Almeida Pinto, teve como seu primeiro presidente o Prof. Paulo Assumpção Marques, secretariado pelo Prof. José Pedretti Neto, sendo Tesoureiro Raymundo Penhaforte Cintra.

O Centro Cultural, em sua longa trajetória sofreu grandes reveses; como o incêndio do Teatro Espéria, ocorrido em 21 de setembro de 1951; onde perdeu arquivo, mobiliário, iconografia, etc. . .

Animado pela esperança de que homens formados pelo livro sempre encontram as soluções adequadas, voltou a existir para o público, tendo à frente idealistas como o Dr. Arnaldo Moreira Reis, Sebastião da Rocha Lima, Walter Wagner, Darwin Viegas, Dr. Benedito Nobrega do Canto, Prof. Raymundo Cintra e Hernâni Donato entre outros que tanto lutaram pela manutenção do Centro Cultural de Botucatu.

Nesta oportunidade de relato histórico a presença marcante de Sebastião da Rocha Lima, criador e idealizador da biblioteca da entidade, “Corpo e Alma do Centro Cultural”. Homenagem especial também ao insigne Dr. Arnaldo Moreira Reis (in memorian), por muitos anos presidente desta casa. Sua dedicação ao Centro Cultural foi comovente e total, nunca poupando sacrifícios para exercer a sua função, o que sempre fez com desvelo apesar da avançada idade.

Importante lembrar dos Presidentes Raphael Augusto de Moura Campos, Anthemo Roberto Feliciano, José Fernando da Silva Bilá, Olavo Pinheiro Godoy, João Carlos Figueiroa e atualmente Moacir Bernardo.

Homenagens aos colaboradores Maria Anna Moscogliato, Jairo Pires de Campos, Luiz Simonetti, Leda Galvão de Avellar Pires, Eugênio Monteferrante Neto, Angelo Albertini do Amaral, José Sérgio Marques , Júlio Cesar Pereira de Carvalho, José Sebastião Pires Mendes, e muitos e muitos outros que emprestaram o seu esforço para que o Centro Cultural permanecesse ativo.

A entidade sempre se beneficiou do trabalho voluntário. Atualmente, a Diretoria presidida pelo Sr. Moacir Bernardo, conta com uma gama de voluntários, coordenados pela Sra. Maria Joana Tonon, com parceria da Prefeitura Municipal, poder judiciário e sociedade civil, revitalizam o acervo histórico existente.

Em pleno século 21, continua, o Centro Cultural, a desenvolver suas atividades culturais, aliado à modernidade, e, procurando dotar a cidade de um Arquivo Histórico que propícia aos estudantes e pesquisadores os dados essenciais de um passado glorioso.

A biblioteca do Centro Cultural é de utilidade pública, e assim luta pelo aprimoramento espiritual de seu povo, tarefa nem sempre fácil de ser realizada dado os obstáculos que a vida moderna antepõe à difusão das conquistas do espírito.

Mas não se desalentam os membros de sua diretoria. Dotados de fé e confiança executam, com esforço, decisão e mesmo sacrifícios, o ideal da entidade, e assim suportam ou reagem às crises econômicas e financeiras, às inquietações sociais, buscando sempre, fazer sobreviver a Biblioteca porque ela está intimamente ligada à permanência dos valores culturais.

O acadêmico e cidadão botucatuense Olavo Pinheiro Godoy presta serviço ao Centro Cultural há mais de 20 anos