Defesa Civil de Botucatu participa de reunião técnica visando riscos de eventos severos envolvendo as chuvas

O coordenador Lucas Trombaco, de Botucatu, teve a responsabilidade de ministrar as instruções técnicas de respostas rápidas aos eventuais eventos catastróficos de cheias

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Lençóis (CBH-RL), convocou e convidou vários órgãos de proteção e defesa civil para participarem da 28ª Reunião da Câmara Técnica, que ocorreu em Lençóis Paulista. Além da pauta técnica que discutiu futuros investimentos pelo Governo do Estado em obras de drenagens na bacia do rio Lençóis, foi abordado os riscos de novos eventos severos envolvendo as chuvas do próximo período hidrológico, que deve começar em breve na região.

Estiveram presentes na reunião além dos membros da Câmara Técnica, o vice-prefeito de Agudos, Edersom Roberto Mainini (Kucão), o assessor parlamentar do deputado federal Capitão Augusto e da deputada estadual Dani Alonso, Coronel Airton Iósimo Martinez e o vereador de Bauru, Cabo Helinho, que foi conhecer o sistema de gestão da bacia do rio Lençóis empregado há 10 anos.

Também estiveram presentes, o chefe da defesa civil de Barra Bonita Kleber Willian Alves e seu chefe adjunto Edson Luiz dos Santos; o coordenador da defesa civil de Igaraçu do Tietê, Otávio Romão, o coordenador da defesa civil de Borebi, Sidney de Jesus; o coordenador da defesa civil de São Manuel, GCM Wagner Camargo e coordenador de proteção e defesa civil de Botucatu, GCM Lucas Trombaco quem ministrou as instruções técnicas de respostas rápidas aos eventuais eventos catastróficos de cheias.

𝐈𝐧𝐯𝐞𝐬𝐭𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬

Na reunião em Lençóis Paulista foi anunciado o maior investimento em obras estruturais prioritárias para controles de cheias e estiagens severas na bacia rio Lençóis, requerido pelo CBH-RL à deputada estadual Dani Alonso, que intermediou a demanda com o Governo do Estado. Os estudos técnicos iniciais para construção do primeiro reservatório de regularização de vazão (piscinão) deverão ser iniciados no primeiro trimestre de 2026 pela Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP – Águas), no município de Borebi.

𝐀𝐜𝐮𝐦𝐮𝐥𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐩𝐥𝐮𝐯𝐢𝐨𝐦é𝐭𝐫𝐢𝐜𝐨𝐬 𝐚𝐧𝐮𝐚𝐥 𝐞 𝐩𝐫𝐞𝐯𝐢𝐬õ𝐞𝐬 𝐟𝐮𝐭𝐮𝐫𝐚𝐬

O acumulado anual de chuvas na região fechará novembro deficitário em -1.475 mm (negativos), bem abaixo do acumulado de 2024, que passou de – 2.000 mm (negativos) no mesmo período, mas preocupante para condição de compensação hidrológica. Essa década está fechando com uma das menos chuvosas nas bacias dos rios Lençóis, Batalha e Jaú.

Enquanto a década anterior foi uma das mais chuvosas de acordo com o histórico de 108 anos. Muito provavelmente, teremos um verão com influência severa do 𝘌𝘭 𝘕𝘪ñ𝘰, fator que precisa ter atenção redobrada para eventos de inundações e enchentes. O período hidrológico 2025/26 deve sofrer um atraso de cerca de 20 dias em razão da transição climática equatorial estar lenta.

𝐌𝐨𝐧𝐢𝐭𝐨𝐫𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬

Com base nos dados apresentados, o vice-presidente do CBH-RL, o vereador de Borebi, Helton Grava Falconério e o presidente da Câmara Técnica e secretário municipal de agricultura e meio ambiente de Borebi, Vitor Hugo Moreno, determinaram a criação de um grupo especial de trabalho conjunto com as defesas civis da região para compartilhar dados antecipados de potenciais chuvas, que possam eventualmente causar eventos catastróficos de enchentes e inundações.

Os dados que serão compartilhados são de sistemas de satélites, disponibilizados por uma empresa da região, com previsões antecipadas de 20 dias e de 12 horas para potenciais riscos hidrológicos severos. O objetivo é dar às defesas civis informações pontuais para promover respostas rápidas e antecipadas aos possíveis eventos hidrológicos severos, que possam desencadear desastres ambientais de média e grande magnitude.