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As cinco plantas da Embraer do Vale do Paraíba e unidades de Sorocaba, Gavião Peixoto, Botucatu, Campinas, Belo Horizonte e Florianópolis estão com a produção paralisadas
A Embraer colocou nesta segunda-feira (6) em férias coletivas 16 mil trabalhadores de suas unidades de produção. A decisão faz parte de reestruturação interna da empresa no processo de incorporação da Embraer pela Boeing. O clima é de tensão entre os trabalhadores que receiam um processo de demissão em massa após as férias coletivas, com a conclusão do processo de aquisição da empresa norte-americana Boeing, iniciado em 2018.
As cinco plantas da Embraer do Vale do Paraíba e unidades de Sorocaba (SP), Gavião Peixoto (SP), Botucatu (SP), Campinas (SP), Belo Horizonte e Florianópolis estão com a produção totalmente paralisadas. Os trabalhadores da empresa já estão em recesso desde o fim de dezembro e devem voltar ao trabalho no dia 21 de janeiro.
Segundo o sindicato da categoria, o temor por uma demissão em massa atinge todos os setores da fábrica, tanto dos trabalhadores que permanecerão na Embraer e quanto daqueles que passarão para a multinacional norte-americana.
Na negociação, a Boeing ficará com a área de aviação comercial da Embraer, que é considerada o “filet mignon” da fabricante brasileira. O setor é responsável por 70% do faturamento da empresa e por mais de 80% de seus lucros. A nova empresa não vai absorver as atividades relacionadas a aeronaves para segurança nacional e jatos executivos, que continuarão somente com a Embraer. O negócio ainda depende da aprovação de órgãos como a Comissão Europeia e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
No mês de dezembro, já foram demitidos cerca de 300 trabalhadores, especialmente da aviação executiva – área que continuará com a Embraer após a venda da empresa para a Boeing.
O acordo em andamento entre as duas fabricantes de avião prevê a criação de uma nova companhia, uma joint venture, na qual a Boeing terá 80% e a Embraer, 20%. A nova empresa não vai absorver as atividades relacionadas a aeronaves para segurança nacional e jatos executivos, que continuarão somente com a Embraer.
(Com Agência Brasil)