Congresso Nacional adia análise de veto à Lei das Saidinhas e presos serão liberados no Dia das Mães

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Os presos beneficiados poderão deixar as celas das penitenciárias onde cumprem pena nesta sexta-feira (10) e devem se representar à carceragem na tarde do dia 13 (segunda-feira)

 

Deputados e senadores da base e da oposição concordaram, nesta quinta-feira (9), em adiar a análise do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a um dispositivo do projeto sobre a saída temporária de presos, conhecida popularmente como “saidinha”, em feriados.

Sem a derrubada do veto, centenas de detentos poderão usar do benefício no Dia das Mães, no domingo, 12. Estarão aptos os detentos que estejam no regime semiaberto, apresentem bom comportamento e já tenham cumprido ao menos um sexto da pena. Os vetos devem ser analisados no dia 28 de maio, data prevista para a próxima sessão conjunta do Congresso Nacional.

Com esta decisão do Congresso os presos beneficiados poderão deixar as celas das penitenciárias onde cumprem pena nesta sexta-feira (10) e se representar à carceragem na tarde do dia 13 (segunda-feira).

 

Saidinha

Aprovada pelo Congresso Nacional em março deste ano, a lei proíbe a saída temporária de presos do regime semiaberto, autorizando somente a saída para os detentos que cursam supletivo profissionalizante, ensino médio ou superior. Ao sancionar a norma, Lula vetou um trecho do texto e autorizou a saída de presos do regime semiaberto, que não tenham cometido crimes graves ou hediondos, para visitas à família.

A saída temporária é concedida pela Justiça como forma de ressocialização dos presos e manutenção de vínculo deles com o mundo fora do sistema prisional. Atualmente, o benefício permite que os detentos do regime semiaberto realizem:

  • visitas à família;
  • cursos profissionalizantes, de ensino médio e de ensino superior;
  • atividades de retorno do convívio social.

 

Vetos a serem analisados

Com o acordo feito em plenário, serão analisados pelo Congresso, nesta quinta:

  • veto à reserva de R$ 5,6 bilhões do Orçamento para emendas parlamentares de comissão;
  • veto ao calendário de empenho das emendas do Orçamento;
  • alteração no Orçamento para priorizar a execução das emendas individuais na modalidade de transferências especiais que forem destinadas a municípios em situação de calamidade;
  • alteração no Orçamento para facilitar a destinação de emendas para ações de proteção e defesa civil no Rio Grande do Sul.

 

Vetos adiados

Após acordo entre lideranças da Câmara e do Senado, também ficaram adiados os vetos relacionados à:

  •  Lei de Segurança Nacional;
  •  despacho gratuito de bagagem;
  •  autocontrole agropecuário;
  •  áreas de reserva legal;
  •  Lei Geral do Esporte;
  •  Lei Orgânica das Polícias Civis;
  •  Lei Orgânica das Polícias e Bombeiros Militares;
  •  regularização fundiária na Amazônia;
  •  licitações e contratos administrativos;
  •  flexibilização de registro de agrotóxicos; e
  •  isenção do ICMS no trânsito de produtos da mesma empresa.