Defesa Civil do Município deflagra Campanha de Conscientização para o período de estiagem

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                  Ação de atear fogo em áreas rurais e urbanas acontece com relativa frequência no Município

 

A estiagem que já dura várias semanas, faz com que aumente o risco de queimadas em terrenos baldios e acostamento de rodovias onde são despejados diferentes materiais inservíveis e de fácil combustão

 

A Defesa Civil do Município, coordenada por Lucas Trombaco está desenvolvendo e pedindo divulgação para a Campanha de Conscientização para o período de estiagem, baseada na Lei n°9.504, de 30 de setembro de 1997, artigo 73, § 10, visando esclarecer à população sobre as medidas preventivas contra incêndios e a importância da proteção ambiental.

“Gostaríamos de destacar que a campanha tem caráter de utilidade pública e não configura crime eleitoral, pois busca informar e educar a população sobre práticas seguras e responsáveis durante a estiagem”, coloca Trombaco. “Pedimos que cada um colabore na divulgação deste material em seus respectivos municípios, garantindo que a informação alcance o maior número possível de cidadãos para promover a segurança e a preservação ambiental em nossa região”, complementa o coordenador de Defesa Civil.

A estiagem que já dura várias semanas, faz com que aumente o risco de queimadas em terrenos baldios e acostamento de rodovias onde são despejados diferentes materiais inservíveis e de fácil combustão como móveis velhos, roupas, papel, plástico, galhos secos, etc. E muitas queimadas são provocadas de maneira proposital.  

A ação de atear fogo em áreas rurais e urbanas acontece com relativa frequência no Município. O agravante é que muitos proprietários ateiam fogo em suas propriedades para fazer pastagem depois de acelerar o processo envelhecimento da vegetação, utilizado um produto químico conhecido como mata-mato que seca o mato tornando o local muito inflamável.

Um incêndio de grandes proporções pode ser iniciado por uma simples bituca de cigarro acesa, jogada à beira da estrada, onde exista, por exemplo, uma plantação de cana de açúcar, que serve de refúgio para muitos animais silvestres que acabam morrendo queimados ou intoxicados pela fumaça em suas tocas. Depois que o fogo se propaga torna-se difícil seu controle.

 

Morte de animais

É considerável o número de animais silvestres feridos que são resgatados pela Polícia Militar Ambiental ou Grupo de Proteção Ambiental (GPA), da Guarda Municipal, que são encaminhados ao Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres (CEMPAS), da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp de Botucatu.

As queimadas quando não afetam, diretamente, os animais, fazem com quem eles deixem o habitat natural para escapar do fogo e acabam sendo atropelados ao atravessar estradas ou invadindo residências na área urbana.

O Cempas recebe animais como lobos guarás, cachorros do mato, tamanduás, tatus, veados, cobras, aves, entre outros, queimados ou com fraturas causadas por atropelamentos nas estradas. Alguns são salvos, mas outros, não. Também não são raros os casos de animais que, em razão das queimadas, acabam morrendo intoxicados por inalação de fumaça, dentro das suas tocas.

 

Botucatu tem lei específica

Em cidades como Botucatu que são cortadas por rodovias, campanhas são realizadas para conscientizar a população sobre os prejuízos gerados pela queimada e estimular as denúncias contra esse tipo de crime ambiental. A orientação é que as pessoas não joguem bitucas de cigarro e fósforos acesos às margens de rodovias, onde se concentram grandes áreas verdes. Uma simples faísca pode ganhar proporções desastrosas.

De Botucatu, de acordo com a Lei Complementar 1.007, de novembro de 2012, o uso de fogo para a limpeza de terrenos em Botucatu, seja na zona rural ou urbana, pode gerar multa de R$ 100 mais R$ 5 por metro quadrado da área queimada. Em caso de reincidência, a multa passa para R$ 200 mais R$ 10 por metros quadrado. Em Áreas de Preservação Permanentes (APPs) os valores destas multas são aplicados em dobro.

 

Principais causas de incêndio
– Bitucas de cigarro;
– Fogueiras;
– Queima não controlada em pastos e canaviais;
– Queima de lixo;
– Descuido humano.

 

Prejuízos oferecidos pelas queimadas
– Destruição de plantações e construções rurais;
– Perda de remanescentes florestais;
– Morte de animais silvestres (inclusive espécies em extinção);
– Poluição do ar
– Agravos à saúde (principalmente doenças respiratórias e alergias);
– Contribuição para o aquecimento global (produção em excesso de dióxido de carbono);
– Acidentes com queimaduras e até mesmo morte de pessoas.