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Métodos já eram recomendados pela Organização Mundial de Saúde e por especialistas ao redor do mundo para diminuir a contaminação pela doença, que já matou mais de 80 mil pessoas no Brasil
Combinar o distanciamento social, o uso de máscaras e a higiene das mãos é melhor estratégia para combater a covid-19, o novo coronavírus, revela um estudo publicado esta semana na revista científica "Plos".
E é essa a recomendação que vem sendo dado pelo secretário municipal de Saúde de Botucatu, André Spadaro, para conter o avanço da doença na Cidade que já registrou mais de 1050 casos confirmados e 20 óbitos.
Os métodos já eram recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e por especialistas ao redor do mundo para diminuir a contaminação pela doença, que já matou mais de 81 mil pessoas no Brasil.
No estudo, os pesquisadores desenvolveram um modelo computacional da disseminação da covid-19 com base em informações sobre a epidemiologia da doença. Eles usaram o modelo para estudar o efeito previsto de várias medidas de prevenção no número e época de ocorrência dos casos de coronavírus.
Os cientistas, do hospital afiliado à Universidade de Utrecht, na Holanda, perceberam os seguintes cenários:
– se a população se torna rapidamente consciente do coronavírus e da eficácia das medidas de prevenção, as chamadas "medidas autoimpostas" – como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos – podem tanto diminuir como atrasar o "pico" do número de casos;
– se a eficácia dessas medidas passa dos 50%, é possível evitar uma grande epidemia;
– se as medidas autoimpostas demoram de ser implementadas, entretanto, elas ainda podem reduzir o número de casos, mas não atrasam o pico;
– a implementação antecipada do distanciamento social, imposto por governos, conseguiu atrasar, mas não reduziu o pico da epidemia da doença.
– Os cientistas concluíram, então, que a combinação das medidas autoimpostas – principalmente se elas forem adotadas por uma grande parte da população – com o distanciamento social imposto pelo governo tem o potencial de tanto adiar como reduzir o pico da pandemia.
O modelo não levou em consideração a demografia de um lugar ou a diferença dos padrões de contato social entre as pessoas.
"Enfatizamos a importância da conscientização sobre a doença no controle da epidemia e recomendamos que, além das políticas de distanciamento social, o governo e as instituições de saúde pública mobilizem as pessoas a adotar medidas autoimpostas com eficácia comprovada, a fim de enfrentar com sucesso a covid-19", dizem os autores.